terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Após 6 meses o financiamento da Caixa para imoveis usados reabre com juros mais baixos


Na busca por boas oportunidades e, assim, finalmente realizar o sonho de um primeiro imóvel, o mais recomendado é que sejam encontradas alternativas com juros baixos e boas condições de pagamento.
Até por isso, uma boa notícia para quem vinha se frustrando com as respostas encontradas nos últimos meses: após 6 meses, a linha Pró-Cotista de financiamento da Caixa para imóveis usados foi reaberta. E com um dos juros mais baixos do mercado.
Ou seja: é a oportunidade ideal para ajudar o consumidor a investir no sonho da casa própria sem acumular dívidas decorrentes de taxas e juros elevados. Quer saber mais a respeito e como você e a sua família podem participar desse projeto de financiamento? Então continue com a leitura deste post!
financiamento Caixa imoveis usados

A volta do financiamento Pró-Cotista

Passaram-se seis meses desde que a linha Pró-Cotista, uma modalidade de financiamento da Caixa para imóveis usados foi suspensa. A surpresa de seu retorno se deu logo no dia 2 de janeiro de 2018: data em que a Caixa divulgou que a sua famosa linha de empréstimo imobiliário — e que vem acompanhada de uma das taxas mais baratas do Brasil — voltou.
Para que você perceba os motivos para elevar as expectativas e acreditar que a sua proposta de compra está mais próxima, vamos entender melhor como funciona esse modelo de financiamento da Caixa para imóveis usados nos próximos tópicos.

O que é e como funciona a linha Pró-Cotista da Caixa?

Para quem não se enquadra em modelos assistencialistas do governo, essa forma de financiamento Caixa imóveis usados é a mais acessível. E isso se deve principalmente às taxas mais baixas de juros, já que os juros altos podem ser empecilhos para que algumas pessoas invistam na casa própria.
Para entender melhor, vamos aos valores: em geral, as taxas de juros da linha Pró-Cotista variam de 7,85% — que é o valor destinado a clientes que possuam débito em conta ou uma conta-salário — a, no máximo, 8,85% ao ano.
A linha da Caixa Pró-Cotista foi idealizada e oferecida a trabalhadores que possuem uma conta no FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Mas não apenas isso, pois o enquadramento para a solicitação dessa linha de financiamento demanda outras exigências, como:
  • comprovação de pelo menos 36 meses de trabalho de acordo com o regime do FGTS — esse período não precisa ser consecutivo, sendo, portanto, acumulativo com outros empregos que tenham seguido o mesmo regime de contratação;
  • saldo em conta de 10%, pelo menos, do total avaliado do imóvel em questão;
  • não ter outros imóveis no município ou em toda a região metropolitana em que residem ou exercem seus cargos profissionais;
  • não possuir financiamentos em qualquer parte do país — seja para imóveis usados ou novos.
Para 2018, a Caixa Econômica Federal destaca que a sua popular linha de financiamento vai garantir um total de R$ 4 bilhões destinados a esse propósito. Isso concentra uma série de oportunidades para os requerentes interessados em fazer uso desse financiamento da Caixa para imóveis usados.
Para efeito comparativo, em 2017 — quando a modalidade perdurou somente até o mês de junho — foram destinados R$ 6,1 bilhões. Isso apenas reforça o quanto a procura por essa linha de crédito é elevada e pode se esgotar rapidamente. Afinal, este ano a Caixa disponibilizou R$ 2,1 bilhões a menos.

Como funciona a taxa de juros do financiamento da Caixa para imóveis usados?

Além da reabertura da linha Pró-Cotista de crédito para imóveis, outras modalidades de financiamento da Caixa Econômica Federal foram revistas. É o caso, por exemplo, das novas facilidades de acesso para outros modelos de financiamento Caixa para imóveis usados, cujas taxas de juros praticadas podem ter se tornado mais atrativas aos interessados em adquirir um imóvel.
Prova disso é o fato de que a instituição financeira se dispôs a elevar o limite de sua linha de financiamento para 70%, em imóveis usados. Antes, era de 50%, o que destaca o afrouxamento nas exigências de entrada para financiar.
Uma dica para os interessados: faça o planejamento o quanto antes, pois, como já mencionamos, a linha de financiamento se extinguiu rapidamente em 2017. E, como o valor disponibilizado é menor do que o ano anterior, convém colocar na ponta do lápis as possibilidades para comprar sua casa própria.

Quais são as vantagens desse tipo de financiamento?

Além dos juros e da facilidade anteriormente citada para requerer o financiamento Caixa imóveis usados, algumas outras condições se destacam. Entre elas, o prazo máximo de 30 anos para quitar o débito em imóveis de até R$ 950 mil nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e no Distrito Federal. Nas demais regiões do país, o limite é de R$ 800 mil para o imóvel.
O aumento de 50% para 70% no teto de financiamento para imóveis usados vale para contratos realizados pelo SAC (Sistema de Amortização Constante), que é um modelo no qual o valor de cada parcela é reduzido periodicamente.
E, caso você ainda tenha dúvidas a respeito dessas condições, fica o aviso: o novo limite é válido para todas as modalidades de financiamento, incluindo:
  • Minha Casa Minha Vida;
  • Pró-Cotista;
  • FGTS;
  • SBPE, que é o modelo pensado para requerentes que usam os recursos de suas poupanças.
E então, ficou mais esclarecedor, agora, como essas modalidades de financiamento são excelentes oportunidades para adquirir o seu imóvel ainda este ano?

O cenário imobiliário atual é propício ao investimento

Com a reentrada da linha Pró-Cotista de crédito para imóveis e os ajustes no teto para o financiamento em imóveis usados — aliado a um momento econômico favorável, quando comparado aos anos anteriores —, é possível suspirar em alívio com a possibilidade de adquirir o tão sonhado imóvel.
Projete cenários financeiros em curto, médio e longo prazo e avalie a possibilidade de fazer esse tipo de financiamento. Afinal de contas, com uma taxa de juros baixíssima, especialmente para quem não se enquadra em modelos assistencialistas do governo, esse projeto tem tudo para figurar em seus planos para 2018.
E, caso necessite de auxílio profissional para encontrar o imóvel ideal para os seus objetivos, entre em contato conosco, da Sandra Ramos Imóveis

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Como organizar o apartamento para a chegada de um pet?


chegada de um bichinho de estimação é sempre um momento marcante e feliz na vida de qualquer família. Porém, quem mora em apartamento sabe que o espaço precisa de ajustes para receber os novos amigos da casa, sendo que alguns deles envolvem planejamento e até adaptações no local para a segurança do pet.

Para organizar o apartamento para receber os novos moradores, é preciso planejamento que exige detalhes sobre como o animal fará suas necessidades, onde ele dormirá e como mantê-lo seguro estando em um apartamento. Por isso, confira algumas dicas importantes para preparar o apartamento para receber os bichinhos de maneira adequada.

PROVIDENCIE UMA REDE DE PROTEÇÃO

Instalar a rede de proteção no apartamento é a primeira atitude que deve ser adotada assim que a decisão de ter um bicho de estimação for tomada. No caso dos gatos, é preciso instalar a rede em todas as janelas e em toda a varanda, já que os bichanos gostam dos lugares mais altos. No caso dos cães, vale a pena colocar telas nas janelas e na parte da grade baixa da varanda.



Providencie também um novo local para armazenar produtos de limpeza, se você costuma deixá-los expostos em prateleiras. Coloque-os em um armário fechado para que não haja acidentes.

PREPARE UM LOCAL CONFORTÁVEL PARA DORMIR

Também é importante pensar com a família onde é o melhor lugar para o animal descansar. 

Assim como os humanos, os bichinhos gostam de lugares confortáveis e quentinhos; então, deixá-los dormir na varanda aberta durante os dias mais frios pode ser prejudicial. Escolha um local escuro, com boa ventilação, e comece a montar o cantinho.

No mercado, existem opções de camas e cobertores de todos os tamanhos, mas é possível improvisar o “dormitório” do pet com cobertores próprios, edredons que você não usa mais e almofadas.

O cão ou gato pode não gostar de ser coberto com a manta, mas certamente vão preferir deitar sobre ela do que no chão gelado. Se o seu bichinho de estimação for um gato, fique ciente de que ele pode ignorar a cama que você preparou e se instalar na sua própria cama ou no sofá.

SEPARE UM CANTINHO DA CASA PARA O BANHEIRO

Esse é um ponto que deve ser estudado por quem tem apartamento. A varanda ou a lavanderia do espaço são os locais mais escolhidos para que os pets possam fazer suas necessidades.

No caso dos gatos, ensiná-los a fazer a necessidade no lugar correto não é tarefa difícil, já que o instinto dos felinos naturalmente os levará para a caixinha de areia. Já para os cães, é preciso um pouco de paciência; por isso, reserve um local onde seja fácil forrar com jornal para o aprendizado.




Existem diversos “banheiros” para cães e gatos no mercado mas, basicamente, os felinos precisam de uma caixinha de areia e os cães de um jornal ou tapete higiênico. Não se esqueça também de planejar com a família quem será o responsável por manter o local limpo todos os dias.

PENSE NAS ROUPINHAS

Os gatos não costumam ser fãs de roupas ou coleiras, por isso é mais indicado esperar o bichano chegar para ver se aceitará ser vestido. Já os cães, normalmente não se incomodam e até gostam de ficar agasalhados no frio. No mercado, há uma infinidade de opções de roupas, acessórios e até sapatos para os cães.

Fica a seu critério decidir o que comprar, mas fique sempre atento. Se notar que o animal está se sentindo desconfortável, retire peça. Também é indicado vestir os bichinhos depois de serem tosados, principalmente os de porte pequeno, já que os pelos são uma importante proteção contra o frio e, sem ela, seu amiguinho pode pegar uma pneumonia grave.



PREPARE OS LOCAIS DA REFEIÇÃO

Faça uma lista de compras e vá até uma loja especializada antes do bichinho chegar. Providencie potes de comida e água de acordo com o porte do animal e a quantidade de alimento que ele ingere diariamente.

É preciso lavar os recipientes todos os dias para evitar o acúmulo de bactérias, assim como trocar a água — já que todos gostam de água sempre fresca.

ADQUIRA UMA ESCOVA

Esse acessório é muito importante tanto para quem terá gatos ou para quem receberá um cachorro no apartamento. A maioria dos animais solta muito pelo e o hábito de escová-los regularmente diminui a queda dos pelos na casa, evitando que você tenha de limpá-la todos os dias.



A frequência de escovação dependerá da raça do animal, por isso pergunte ao veterinário ou observe a partir de quantos dias, sem pentear, seu bichinho começa a soltar mais pelo.
Algumas raças de gatos e cães de pelos longos precisam ser escovadas todos os dias ou, no máximo, de três a quatro vezes por semana — enquanto um animal de pelo mais curto pode passar pelo procedimento somente uma vez por semana.

COMPRE BRINQUEDOS

Apesar de os bichinhos se divertirem com qualquer detalhe da casa, comprar alguns brinquedos é importante para que ele deposite suas energias no próprio objeto, em vez de arranhar o sofá ou comer seus sapatos. Lembre-se sempre de comprar os itens de acordo com o tamanho do animal, já que brinquedos muito grandes ou muito pequenos podem causar acidentes.

Bolinhas para os cães e varetas com penas e arranhadores para gatos são os acessórios mais indicados para quem deseja dar uma distração para o melhor amigo. Para ambos, existe também um brinquedo onde são colocados petiscos em seu interior e é preciso morder para retirá-los.

É uma ótima alternativa para quando os donos vão viajar e querem que o pet tenha uma distração durante o dia.



Organizar o apartamento para receber um novo bichinho de estimação exige planejamento e paciência. Como vimos, é necessário dividir o espaço que ele precisará para suas necessidades básicas e providenciar os acessórios essenciais para que você cuide dele da maneira adequada.

Além das dicas básicas citadas acima, é sempre importante consultar um veterinário e saber mais sobre a raça e se há a necessidade de providenciar mais algum detalhe para recepcionar o novo morador da casa com segurança.


Agora que você já sabe os cuidados que tem de tomar ao receber um animal em casa.


quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Checklist para locadores e locatários


Um contrato de aluguel não pode ser executado de qualquer forma. Há leis que precisam ser seguidas, tanto por locadores como locatários. Afinal, esquecer-se de algo pode trazer dores de cabeça para ambos no futuro.
Quer evitar que isso aconteça? Confira este check list especial, com todos os itens que devem ser lembrados antes de fechar uma compra!

Qual é a importância do contrato?

Diferente de smartphones e pen drives, o nosso cérebro possui uma capacidade infinita de memória. Ainda assim, diante de tantas informações, temos dificuldade para absorver todo o conteúdo.
Devido a esse fator, locadores e locatários devem formalizar em um contrato tudo aquilo que foi combinado entre eles na reunião de negócios. O documento ajuda a verificar detalhes importantes sobre o contrato de aluguel quando surgir alguma dúvida. Além disso, consta deveres e direitos que deverão ser cumpridos pelo locador e locatário, para que a relação prossiga em harmonia em caso de futuros problemas.
locadores e locatários

Dicas para locadores e locatários

Confira abaixo o checklist que separamos com as principais informações que você deve redobrar a atenção ao fechar um contrato de aluguel:
  • Verifique o prazo de moradia. O contrato de locação deve constar um período de, no mínimo, 30 meses;
  • Antes de finalizar o primeiro contrato de aluguel, locadores e locatários podem negociar um novo período de contrato;
  • É ilegal o reajuste do aluguel antes do contrato cumprir um ano. A alteração é feita com base no índice fixado no contrato, segundo a lei do inquilinato;
  • O locatário deve apresentar os seguintes documentos para formalizar o contrato de aluguel: identidade, CPF, comprovante de renda igual ou superior a 3x o valor do aluguel e comprovante de residência. Se for casado, é fundamental que ele apresente a identidade, CPF do cônjuge e a certidão de nascimento;
  • O morador deve consertar tudo que ele danificou no apartamento durante o período de contrato. Por outro lado, os problemas estruturais são de responsabilidade do proprietário;
  • Ao contrário do que a maioria das pessoas imaginam, a imobiliária e o proprietário não têm permissão para exigir qualquer tipo de garantia. Sendo assim, o locador e a empresa responsável pela intermediação podem aceitar, por exemplo, só o fiador. Se não tiver, a Sandra Ramos Imoveis pode te ajudar;
  • Uma boa vistoria na residência ajuda a encontrar imperfeições no local para que sejam consertadas antes de você mudar.

Contrate uma imobiliária

Para que o aluguel seja efetuado com segurança, recomendamos que você entre em contato com uma imobiliária, pois ela possui uma carteira de clientes com várias opções de imóvel. Isso é muito importante, porque você poderá encontrar imóveis com mais agilidade e que combine com o seu perfil.
Quando uma imobiliária é contratada, um(a) consultor(a) ficará responsável por administrar todas as etapas do processo. Uma boa notícia, especialmente para a pessoa que tem uma vida bastante agitada.
Na Sandra Ramos Imóveis, há diversos profissionais qualificados para melhor atendê-lo. 
locadores e locatários

Quais os direitos e deveres de cada parte?

Além de conhecer os detalhes do contrato, é fundamental compreender quais são os direitos e os deveres de locadores e locatários. Passaremos pelos pontos mais importantes:

Deveres do locador

É responsabilidade do locador do imóvel:
  • Arcar com despesas extraordinárias do imóvel, como reformas no condomínio, taxas para compor fundo de reserva, indenizações trabalhistas a funcionários do condomínio, instalação de equipamentos de segurança e obras nas áreas comuns do prédio;
  • Qualquer dano prévio ao aluguel deve ser reparado pelo locador, caso interfira nas condições de habitação do imóvel;
  • Pagar qualquer despesa de rateio de períodos anteriores ao aluguel.

Direitos do locador

O locador pode:
  • Solicitar a desocupação do imóvel, fornecendo período mínimo de 30 dias para que o locatário se mude sem pressa;
  • Colocar o imóvel a venda durante a vigência do aluguel, desde que respeite o período justo de mudança do inquilino;
  • Reajustar o valor do aluguel, conforme definido em contrato, a partir do primeiro ano de vigência.

Deveres do locatário

O locatário tem como obrigações:
  • Efetuar o pagamento do aluguel em dia;
  • Arcar com as despesas de energia, água, telefone, esgoto e gás;
  • Cuidar do imóvel como se fosse de sua propriedade, sem fazer modificações na estrutura sem o aval do locador;
  • Devolver o imóvel nas mesmas condições em que recebeu;
  • Respeitar e cumprir a convenção de normas do condomínio, principalmente no que diz respeito aos horários de mudança, barulho excessivo e uso das áreas comuns.


Direitos do locatário

É direito do locatário:
  • Ser restituído ao arcar com despesas extraordinárias do condomínio;
  • Ser restituído por reformas e obras estruturais no imóvel, após aprovação do proprietário;
  • Ter preferência de compra, caso o locador decida colocar o imóvel a venda;
  • Deixar o imóvel antes do fim do contrato, sob pagamento de multa rescisória previamente estabelecida e proporcional ao tempo restante de vigência do documento.

Como assegurar seus direitos?

O contrato de locação é essencial para garantir os direitos de locadores e locatários. É por meio dele que serão acertados os valores do aluguel e da multa rescisória, além das obrigações de cada parte.
Além do contrato, também é importante contar com o apoio do relatório de vistoria do imóvel. Nele, estará descrito o estado do imóvel antes do aluguel, com registro de cada dano prévio e observações importantes.
Esse relatório será fundamental na entrega do imóvel, para conferir se o locatário cumpriu seu dever de zelar pela unidade, além de determinar se algum reparo deve ser feito antes da dissolução do vínculo. Os dados desse relatório também podem apoiar o locatário, caso o proprietário do imóvel exija um conserto que seja de sua responsabilidade.
Para assegurar seus direitos, seja você locador ou locatário, conte com o auxílio de uma imobiliária para analisar cada ponto do contrato e te oferecer segurança em todo o processo! A Sandra Ramos Imóveis presta serviços de assessoria e avaliação de contratos a todos os seus clientes. Agora que você já tem um checklist com as principais informações acerca do contrato de aluguel, já pode começar a negociação com mais segurança.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Briga de vizinho: como resolver conflitos entre condôminos?



Não tem como negar que a junção de tantas pessoas para dividirem os mesmos espaços é propícia a discussões. Os motivos que podem gerá-las são vários: um salto fino que não para de caminhar pelo andar de cima, um vizinho que não gosta de ouvir música em um volume alto ou aquele que leva os cachorrinhos para fazer suas necessidades na área comum do condomínio. Essas situações resultam na famosa briga de vizinho.
Segundo um levantamento da Folha de São Paulo, o principal motivo de briga de vizinhos é o excesso de barulho, tanto em áreas comuns quanto de um apartamento para o outro. Mas segundo especialistas, a maioria dos conflitos é gerada, principalmente, pela falta de bom senso. Tanto dos que fazem barulho sem considerar os outros, quanto de quem reclama ao mínimo ruído após às 22h.
Você se pergunta como resolver esses conflitos entre condôminos? Continue a leitura e acompanhe as nossas dicas!

Motivos comuns que levam à briga de vizinho

Outro grande ponto de discórdia está na garagem do condomínio. Os problemas começam no sorteio de vagas (normalmente realizado em assembleia) e se alastra a carros mal estacionados e danos, como pequenas batidas e arranhões.
O terceiro maior gerador de briga de vizinho é animais de estimação. Aqui o problema se divide em dois:
  1. higiene (quando o cheiro em corredores e áreas comuns incomodam os vizinhos);
  2. e o barulho, especialmente de cachorros e gatos, que ficam sozinhos durante o dia.
Seguem na lista os problemas com infiltrações, visitantes utilizando espaços impróprios, fumaça de cigarros e, mais recentemente, os grupos do condomínio em redes sociais, como o Whatsapp.
briga de vizinho

A quem recorrer em um conflito entre condôminos

Um dos erros mais comuns que as pessoas cometem ao reclamar de alguma conduta do vizinho é ir diretamente para o síndico. Isso porque, quando a situação é apenas entre duas unidades e não é uma que prevê multa ou advertência (como barulho excessivo após o horário do silêncio, danos à estrutura do prédio, uso indevido dos locais comuns ou algo que vá contra o regulamento interno), elas deveriam ser resolvidas entre os próprios condôminos. No máximo com o síndico como moderador.
Mas, segundo especialistas, a atitude de ir diretamente ao síndico sem antes tentar conversar com o outro condômino, pode acelerar o aumento do problema, quase que como uma “birra”. Entretanto, se o caso não se resolver com uma conversa, nem com uma mediação, é fundamental que o condômino que deseja fazer uma queixa a faça por escrito no livro de reclamações do condomínio.
Desta maneira, o síndico pode avaliar a situação com mais profundidade e tomar as providências que considerar cabíveis, como multas e advertências. Nos casos de discussões que afetem mais de duas unidades, a conversa também é o primeiro passo a ser tomado.

Envolvimento do síndico

A briga de vizinho já é considerada “de interesse comum” e, por isso, o envolvimento do síndico é condizente. Ele pode, tanto resolver a questão arbitrariamente quanto convocar a realização de uma assembleia para discutir o tema, caso haja o envolvimento de muitas unidades ou que seja um problema que afete a todos os moradores.

Uma terceira situação são em casos onde há dano real ao imóvel, carro ou algum outro bem de um dos condôminos, quando há questões de agressão física ou verbal ou em casos de roubo. Nessas circunstâncias, o condômino pode tentar dialogar com o outro (já na presença do síndico), mas também é recomendado que se faça um boletim de ocorrência em uma delegacia para facilitar os trâmites posteriores com seguradoras ou até mesmo na justiça. Um dos problemas mais comuns nesse sentido são em obras que criaram rachaduras nos apartamentos adjacentes ou problemas de infiltrações que se transformam em contas de reparos altas.

Casos com advogados

Se nem o diálogo nem uma multa forem os suficientes para resolver a situação, o morador que se sentir lesado pode entrar com um processo nos juizados especiais cíveis, ou na Justiça comum. Mas é bom ter em mente que, além do dinheiro empregado nesses casos com advogados e coleta de provas, também é um processo moroso e, por vezes, pode ultrapassar anos até que seja resolvido. Por isso, é sempre mais interessante tentar resolver diretamente com os envolvidos e de forma pacífica.

Um morador pode ser expulso do prédio?

Além de situações como a falta de pagamento de aluguel, de prestações do financiamento ou do condomínio, não é expresso por lei a possibilidade de um morador ser expulso de seu apartamento por mau comportamento. No entanto, no entendimento de alguns juristas, no Novo Código Civil, de 2002, existe essa abertura.

O ponto de discórdia aparece no parágrafo único do artigo 1.337 que prevê que: “o condômino ou possuidor que, por seu reiterado comportamento anti-social, gerar incompatibilidade de convivência com os demais condôminos ou possuidores, poderá ser constrangido a pagar multa correspondente ao décuplo do valor atribuído à contribuição para as despesas condominiais, até ulterior deliberação da assembléia”. A frase “até ulterior deliberação da assembleia” poderia mostrar que em um acordo geral o condômino pudesse ser obrigado a se retirar.
No entanto, outra vertente afirma que isso fere o direito de propriedade que é assegurado pela Constituição. O que poderia ser feito com mais amparo da lei é incentivar a desocupação após a aplicação de reiteradas multas previstas no regulamento interno.

briga de vizinho

Como minimizar uma briga de vizinho?

Especialmente em condomínios grandes, a ocorrência de briga de vizinhos é quase certa, mas algumas ações podem minimizar o número delas. Nesse sentido, o síndico é de grande valia.
Ao investir em newsletters, informes oficiais, caixas de sugestão, disponibilização do regimento interno e a realização de assembleias frequentes, os moradores se sentem mais informados do que é de direito deles ou não e o que podem reivindicar. Como resultado, eles tendem a se desgastar menos entre si e melhorar a comunicação do prédio como um todo.

Outra ação interessante é rever o regulamento interno de tempos em tempos, para garantir que as regras e diretrizes contidas lá estejam atualizadas e de acordo com as necessidades e realidade do condomínio em questão. Por exemplo, com a chegada de serviços de aluguel por pequenos períodos, como o Airbnb, qual é o posicionamento dos moradores e do condomínio? Existirão procedimentos padrões para a entrega de chaves a alguém que não é morador? Tempo máximo de permanência? Ele poderá usar as áreas comuns?
São questões que dificilmente estarão previstas em um regulamento interno, mas poderão causar grandes discussões no futuro. Além disso, o bom senso é sempre recomendável.

O home office continua a agradar? Veja com Sandra Ramos:

   Passados vinte meses desde o início da pandemia, algumas pessoas nem mais se recordam de como eram suas rotinas com o trabalho presencial...