domingo, 31 de janeiro de 2021

Tudo o que você precisa saber para para receber a chave do apartamento novo



Encontrar o imóvel desejado que caiba no bolso, fechar a negociação, separar a documentação, ver o empreendimento crescer com a sua construção e ver o sonho da casa própria se tornando realidade. Cada etapa da compra de um apartamento é especial e fica para sempre na memória. Mas uma delas marca a conquista em definitivo, é quando se pode sentir fisicamente que mais um passo importante foi dado. Impossível segurar a emoção na hora de receber a chave do apartamento. Mas ela não significa, necessariamente, o final feliz. Saiba como se preparar para este tão aguardado momento para evitar problemas no futuro e também o que fazer depois da entrega das chaves.



Na planta
Para quem compra um imóvel ainda na planta, é importante ressaltar que é o contrato firmado entre as partes que vai reger a maior parte das obrigações. “A prática é que, normalmente, as unidades são entregues depois da quitação do preço ou quando contratou o financiamento bancário. Estando com isso regularizado e as obras concluídas é quando costumam chamar para a primeira vistoria. É importante que o adquirente faça uma vistoria minuciosa para ver se tem algo que precisa ser concluído, como uma pintura ou uma porta que não está fechando bem. Depois que ele receber, a construtora vai alegar que ele conferiu e validou. Mas isso não significa que se surgir algum vício ele não pode solicitar reparação”, explica o advogado Rafael Accioly, especialista em direito imobiliário do escritório Queiroz Cavalcanti Advocacia.

Outro ponto que ele ressalta para ter atenção diz respeito ao manual do proprietário. “É importante que a construtora entregue o manual porque nele tem informações sobre manutenção e uso para manter as condições de habitabilidade. Quando se trata de uma casa, as pessoas não acham que precisa de manutenção, mas faço uma comparação com o carro, que tem as revisões. Com imóvel é a mesma coisa e o manual do proprietário traz esses detalhes. Se isso não for feito, podem surgir problemas como rachaduras aparentes, entupir uma tubulação por falta de limpeza ou pontos de ferrugem. Então é importante fazer a manutenção, que muitas vezes é bem simples, para evitar problemas e também para não correr o risco de perder a garantia”, acrescenta. 
Imóvel pronto
Quando o imóvel comprado já está pronto, a entrega das chaves é acordada entre as partes. “Também acontece que é uma prática de mercado que o pagamento esteja quitado”, explica Rafael Accioly. Neste caso,a vistoria se torna ainda mais necessária e importante. “A questão é que um imóvel novo, quando é entregue, costuma estar dentro do prazo de garantia. Mas um imóvel pronto o prazo de garantia já se esgotou faz tempo. Então, se tiver um eventual problema, é importante perceber no momento da aquisição para poder mostrar. Depois vai ser difícil dizer que era um problema anterior”, sugere o advogado.
Imóvel alugado
Mais uma vez, a questão da vistoria se torna fundamental quando se trata de um imóvel alugado. Principalmente porque ela é feita não apenas na hora da entrega das chaves, mas também no momento da devolução do imóvel. “Neste tipo, a manutenção tem um ponto importante porque ela é dividida. O locatário tem a obrigação de fazer a manutenção, principalmente quando é um contrato mais longo. Mas se é um problema estrutural, as manutenções são de responsabilidade do locador. Por isso a vistoria é muito importante neste caso porque, na hora de fazer a devolução, se tiver cheio de problemas, o proprietário pode alegar que foi o inquilino que fez”, ressalta Rafael Accioly.
Chave emprestada
O mais comum é que as construtoras proíbam o empréstimo das chaves do imóvel antes da entrega oficial. “Isso acontece até por uma questão de segurança do adquirente, ele não recebeu treinamento de segurança de trabalho. Mas, em algumas situações, quando a construção está em fase final, os imóveis estão prontos e falta alguma coisa na garagem, por exemplo, as construtoras podem iniciar os trabalhos de vistoria para adiantar a entrega. Mas isso depende de cada obra”, esclarece o advogado. 
Manual do síndico
Além do manual do proprietário, os condomínios costumam ter também um manual do síndico, que reúne as obrigações inerentes à função. “Além da manutenção de cada unidade, também tem a manutenção do condomínio. No caso das áreas comuns, piscina, quadras, parques, existe um manual para que o síndico faça as manutenções. E uma manutenção corretiva custa três vezes o custo de uma preventiva. Então às vezes opta pela economia por não fazer, mas tem um gasto bem maior mais à frente. A responsabilidade é dó síndico,mas o condômino pode fiscalizar, então é importante que ele tenha acesso ao manual na hora da entrega da chave”, explica. 
Garantias
Legalmente, a garantia do imóvel começa a partir da conclusão da obra. “Concluída a obra, que formalmente acontece quando a prefeitura expede o Habite-se normalmente, tem o início o prazo de garantia. Mas é preciso atenção porque, mesmo que a pessoa compre o imóvel que será habitado pela primeira vez, a obra pode ter sido concluída há mais tempo e pode ser que a garantia não exista mais. Mas isso pode ser regulado entre as partes porque pode estar pronto há mais tempo e a construtora, pela negociação, pode querer dar a garantia”, sugere Rafael Accioly.
Condomínio
Outro ponto que exige atenção e que gera muitas dúvidas é quando o condomínio deve começar a ser pago. “Normalmente é a partir do recebimento das chaves. Porém, apesar de não ser comum, acontece de correr o risco de pagar antes da entrega das chaves porque o contrato diz que só vai receber se quitar o preço. Então a obra está pronta, tudo pronto, mas precisa pagar esse valor. Outro caso é se o adquirente não recebeu as chaves por culpa dele, se ele que causou o não recebimento. Neste caso,o vendedor não pode ser penalizado e ter que pagar o condomínio. Por exemplo, se ficou faltando algum documento ou se está com o apartamento sem destinação e posterga”, lista o advogado.
Atraso
O advogado Rafael Accioly explica que hoje em dia existe uma lei que regulamenta a questão do atraso na entrega das chaves. “Ela diz que o contrato pode ter um prazo de tolerância de até 180 dias e isso normalmente está no contrato. Caso esse prazo não seja respeitado, a incorporadora tem que pagar um valor de 1% sobre o valor pago pelo adquirente, pelo que ele já pagou. Por exemplo, se ele já pagou R$ 200 mil, a construtora tem que pagar em cima disso e não em cima do valor final do imóvel”, conclui.

domingo, 24 de janeiro de 2021

Conheça o selo LEED, certificação que atesta empreendimentos imobiliários sustentáveis

 


Construções com o selo são econômicas e usam sistemas mais eficazes de água e energia elétrica


Os brasileiros já veem a sustentabilidade como um diferencial ao adquirir ou alugar um imóvel.
Para garantir que as construções realmente respeitem o meio ambiente, foram criados diversas metodologias e também formas de certificar que há vantagens econômicas, ambientais ou sociais. Um imóvel certificado, por exemplo, tende a gastar menos energia e água por implantarem sistemas mais eficientes e, com isso, ter valores mais baixos nas contas de água e energia elétrica.
Entre as principais certificações está a LEED – Leadership in Energy and Environmental Design (Liderança em Energia e Design Ambiental). É um selo internacional que avalia o desempenho das edificações nas seguintes categorias: localização e como se relaciona com o entorno; uso eficiente da água, eficiência energética e produção de energia renovável, qualidade interna do ar, materiais e recursos e inovação.
Essa certificação é gerida pela Green Building Council (GBC), entidade sediada nos Estados Unidos, mas atuante em todo o mundo. “Os consumidores sentem-se atraídos em escolher marcas e estabelecimentos alinhados com questões de sustentabilidade“, afirma Felipe Faria, CEO da GBC Brasil.
Segundo ele, todos os lançamentos foram certificados ou estão em processo de certificação LEED em determinados segmentos, como o de edificações corporativas. A sustentabilidade está entre os objetivos das empresas, seja em sua produção ou no escritório, e é um diferencial competitivo no mercado imobiliário comercial

Carlos Borges, vice-presidente de Tecnologia e Sustentabilidade do Secovi-SP (Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Comerciais e Residenciais de São Paulo), acredita que há um processo natural de amadurecimento da sociedade em busca dessas edificações ambientalmente eficazes. “Os clientes gostam, valorizam, mas ainda não procuram especificamente isso”, afirma Borges.
Borges lembra que o investimento nesse tipo de construção encarece os apartamentos. “Quem investe é incorporador, o construtor. E quem tem o ganho na economia a longo prazo é o consumidor. É importante que se valorize isso”, explica o vice-presidente de Tecnologia e Sustentabilidade do Secovi-SP.
Carlos Borges, vice-presidente de Tecnologia e Sustentabilidade do Secovi-SP, acredita que há um processo natural de amadurecimento da sociedade em busca dessas edificações ambientalmente eficazes. “Os clientes gostam, valorizam, mas ainda não procuram especificamente isso”.
Borges lembra que o investimento nesse tipo de construção encarece os apartamentos. “Quem investe é incorporador, o construtor. E quem tem o ganho na economia a longo prazo é o consumidor. É importante que se valorize isso”.
O selo LEED
Há alguns pré-requisitos que o empreendedor precisa cumprir para prosseguir com a certificação e cerca de 70 recomendações técnicas. Conforme são cumpridas, o empreendimento pontua até atingir um nível de certificação: básico, prata, ouro e platina.
“No Brasil, este movimento está muito forte no mercado imobiliário, sendo que o país é o quarto no ranking mundial, com mais de 1.350 projetos registrados e mais de 530 empreendimentos certificados”, detalha o CEO da GBC Brasil.
De acordo com o Faria, um empreendimento sustentável é a melhor opção de negócio. “A média de acréscimo de custo de construção dos mais de 500 projetos certificados no Brasil foi de 0% a 6%. Porém, considerando que 15% dos custos de uma edificação são de construção e 85% de operação, invariavelmente o retorno é no curto prazo”.
“No Brasil, este movimento está muito forte no mercado imobiliário, sendo que o país é o quarto no ranking mundial, com mais de 1.350 projetos registrados e mais de 530 empreendimentos certificados”, detalha Felipe Faria.
De acordo com o CEO da GBC Brasil, um empreendimento sustentável é a melhor opção de negócio. “A média de acréscimo de custo de construção dos mais de 500 projetos certificados no Brasil foi de 0% a 6%. Porém, considerando que 15% dos custos de uma edificação são de construção e 85% de operação, invariavelmente o retorno é no curto prazo”.
Importância
Para Juliana Rangel, especializada em arquitetura sustentável e sócia fundadora do SustentArqui, a construção civil é um dos setores que mais impacta o meio ambiente e empreendimentos sustentáveis serão cada vez mais exigidos por lei e pelos clientes finais.
“É importante para os empreendimentos que queiram ter um diferencial e atender essa demanda crescente. Por meio da certificação é possível demonstrar que soluções sustentáveis foram adotadas corretamente”.
O vice-presidente de Tecnologia e Sustentabilidade do Secovi-SP acredita em benefícios para todos. “Para o empreendedor, é uma marca de preocupação, tem o aspecto de imagem, de reputação. Por outro lado, tem a questão econômica e técnica: menor consumo com água, energia, operação e manutenção. A vida útil é maior”.

Acerte em cheio na escolha do imóvel: conheça as nossas dicas!



Muitos são os fatores que determinam o fechamento do negócio, seja para comprar ou alugar. Fique atento para não errar e o sonho da casa própria virar uma frustração

O sonho da casa própria ainda permeia o imaginário da maioria dos brasileiros. Para muita gente, chegar a essa realização não é tarefa fácil. São anos e mais anos juntando dinheiro ou pagando prestações de um financiamento imobiliário.
Para outros, pela disponibilidade financeira, é um sonho até mais palpável. Porém, independentemente do caminho até chegar à casa própria, como é um bem durável e que pode, inclusive, durar uma vida inteira, a hora de escolher o imóvel dos sonhos exige muito cuidado e atenção.
São muitos os detalhes e variantes que podem ser determinantes na escolha para que ela não se torne uma frustração. Saiba todos os detalhes para acertar e eleger o imóvel dos sonhos. Dicas que valem para quem vai comprar, mas também para quem quer alugar.
O imóvel normalmente é algo bastante sonhado para quem está saindo da casa dos pais para quem vai se casar e formar uma família ou para quem está em busca de um apartamento maior. E é sempre uma busca pela realização de um sonho, um momento importante.
“Por isso é muito importante fazer a busca certa e encontrar o imóvel que realmente deseja. Depois de fechar negócio e descobrir que não era exatamente o que queria, pode ser um trauma para uma família, poucos sabem avaliar o estresse e o problema que isso gera dentro de um lar. Quando o negócio é errado, isso é um desastre. E depois é uma dificuldade para se desfazer e vender“, ressalta José Augusto Viana Neto, presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (Creci-SP).

Localização

Uma das questões fundamentais é a escolha da localização, principalmente porque esta questão pode ser importante na qualidade de vida, já que pode ser próximo do trabalho ou da escola das crianças. “O primeiro passo é escolher o bairro, se quer morar perto da praia ou do metrô, do trabalho, da escola ou do que for importante na rotina”, afirma Laudimiro Cavalcanti, diretor do Creci-RJ e conselheiro federal.
A internet pode ser a primeira aliada nesta triagem. “Os sites de busca de imóveis e de imobiliárias têm muitas opções e todas as demais informações sobre a localização, o que tem por perto, sobre o bairro, está no Google. Ele pode selecionar alguns apartamentos previamente para depois pedir para um corretor mostrar os já pré-selecionados”, completa.
Informações
Para José Augusto Viana Neto, esta facilidade da tecnologia acaba poupando tempo, o que é fundamental na rotina corrida da vida atual. “No passado, era preciso que o corretor saísse com os clientes para visitar entre 15 e 20 imóveis. Acabava sendo uma despesa alta, um desgaste e uma perda de tempo. Hoje é possível pesquisar na internet, conversar sobre detalhes por e-mail, mostrar fotos por WhatsApp, sair para ver dois ou três apartamentos e ter uma noção do que deseja”, detalha.
Porém, alguns passos ainda são importantes antes de fechar o negócio, como, por exemplo, fazer uma pesquisa sobre o condomínio e seu entorno. “Ele deve procurar conversar com o síndico, com os vizinhos, perguntar se é um local seguro, se tem câmeras de segurança, se tem muito assalto no entorno, se tem infraestrutura para o filho, se a água é de poço e costuma faltar, se tem gerador de energia, todos esses detalhes”, acrescenta Laudimiro Cavalcanti. Outra boa fonte de informações é o quadro de avisos do empreendimento, que pode conter informações importantes.

Lançamentos

Para quem está em busca de lançamentos, de imóveis que ainda estão na planta, buscar todo tipo de informação também é importante. “A construtora tem todas as informações. É bom ir no estande de vendas com as informações na mão e checar tudo.
Verificar se a metragem vai ser a mesma anunciada, se a construção seguirá o memorial construtivo, que registra na prefeitura o que será construído no local e traz detalhes de acabamento, de quantos apartamentos, se vai ter playground e tudo mais. Veja também a documentação do terreno, se a construtora já pagou ou se tem alguma pendência”, diz Laudimiro Cavalcanti.

InfraestruturaPrimeiro avalie se o imóvel agrada os futuros moradores. “Analise o tamanho, se a distribuição dos cômodos está bom, todos os detalhes do apartamento”, sugere José Augusto. A parte da infraestrutura também entra nos pontos importantes para serem analisados.
“Veja a tubulação de água, o esgoto, a parte elétrica. Verifique também o teto do banheiro, da cozinha, o lado contrário das paredes que têm encanamento, se tem alguma mancha de umidade, é preciso ter atenção para ver se existe alguma infiltração”, acrescenta.

Cartão de crédito para locação de imóveis: é possível ou não?



O fiador, aquela pessoa que assume legalmente a responsabilidade, caso o inquilino não pague o aluguel, está ficando para trás. Com o avanço da tecnologia, os meios para garantir a locação se modernizaram e novas opções despontam como favoritas para o consumidor. Uma delas é o uso do cartão de crédito para locação de imóveis. Mas e aí, é possível ou não?

Conversamos com quem entende do assunto e vamos explicar com mais detalhes esse novo modelo de negócio entre o proprietário e o locatário.
advogado José Ricardo Cintra Júnior, especialista em Direito Imobiliário, diz que para começar, a “pessoa que está em busca de um imóvel precisa ter limite suficiente para passar a quantia negociada no cartão, que será como uma compra parcelada. Por exemplo, se o aluguel é R$ 1 mil e o contrato é de 6 meses, será passado no cartão o valor de R$ 6 mil, parcelados em 6 vezes”.
Segundo alguns corretores, o uso do cartão de crédito para locação de imóveis apresentou uma crescente nos últimos anos e está movimentando o mercado das locações imobiliárias. A vantagem é o fato de não ser nada burocrático, pelo contrário, a nova opção facilita a vida de muitas pessoas que precisam alugar um imóvel e não tem dinheiro no ato para depositar.
Assim que a transação é aprovada, mediante limite de crédito disponível, o valor é creditado à imobiliária ou ao corretor e a dívida passa a ser responsabilidade do proprietário do cartão com a administradora do mesmo.

Como fica a lei diante da locação com cartão de crédito?

Ricardo Cintra Júnior, explica ainda que no rol das modalidades de garantias, previstas na Lei de Locações, não existe cartão de crédito. Para ele, o sistema pode ser usado para pagamento de caução.
“A caução, geralmente três vezes o valor do aluguel, não necessariamente precisa ser por meio de cheque. Pode ser transferência bancária ou cartão de crédito. A vantagem é a possibilidade de pagamento parcelado (no cartão)”, diz ele.

Somente para pagar o valor da caução, é mais fácil que o locatário tenha limite no cartão. “Lembrando que o cartão não se trata de garantia autônoma, mas tão somente forma de pagamento”.
Jamerson Sobrinho, proprietário de uma imobiliária no sul do país, garante que o uso do cartão de crédito irá crescer ainda mais. “A tecnologia está dominando o mundo e o mercado imobiliário não vai ficar parado. A tendência é otimizar todos os processos, desde a busca até a formalização do contrato de locação. Eu não vejo problemas em aceitar essa nova forma de pagamento, pois garante 100% de segurança no pagamento.

Fonte: Zap Imóvel

‘Contrato de gaveta’: conheça os perigos desta forma de acordo



Comprar um imóvel por ‘contrato de gaveta’ não traz riscos apenas ao ‘gaveteiro’, que pode ser enganado por golpistas, mas também ao vendedor do bem.

O motivo é que, por ser uma transação informal e sem a aprovação do banco credor, o financiamento permanece em nome do mutuário original até a regularização do registro da casa ou apartamento – e, normalmente, isso só ocorre após o pagamento da última prestação e, na maioria dos casos, depois de alguns anos de briga na Justiça.

O principal risco para o ‘gaveteiro’ é que, como o financiamento fica em nome do vendedor, o imóvel ainda pertence oficialmente ao proprietário original. Se o mutuário for uma pessoa má intencionada ou mesmo um golpista, poderá vender o bem de forma fraudulenta, lesando o consumidor: existe o perigo de o vendedor negociar a mesma casa com mais de um ‘gaveteiro’.
Mesmo com a assinatura de um contrato de compra e venda, lavrado em cartório, esse é um risco real. Por isso, é extremamente desaconselhável comprar um imóvel nesse sistema de ‘gaveta’ – principalmente se o bem pertencer a algum desconhecido.
Além disso, há também um grande risco de problemas para o próprio vendedor, que oficialmente continua sendo o proprietário do imóvel. “Se o ‘gaveteiro’ parar de pagar as prestações vai sujar o nome do mutuário original, pois o financiamento não é transferido para o comprador, por ser algo informal”, explica José Pereira Gonçalves, superintendente técnico da Associação das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
Motivo
Boa parte dos ‘contratos de gaveta’ ainda não regularizados é derivado de financiamentos assinados dentro do plano do Fundo de Compensação das Variações Salariais (FCVS). Por esse sistema, os contratos com os bancos credores eram submetidos ao reajuste da categoria profissional a qual o trabalhador pertencia.
Esse tipo de financiamento, feito pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH), foi adotado até 1990. “Depois, como a economia do País se estabilizou um pouco, não era mais viável firmar esses contratos, pois os saldos devedores ficavam muito grandes e, pela regra, o próprio banco deveria bancar esses custos”, conta o diretor de crédito imobiliário da Febraban, Osmar Roncolato Pinho.
Para evitar esse contrato com reajuste baseada no desempenho da classe de trabalho, muitas pessoas acabavam recorrendo ao ‘contrato de gaveta’.

domingo, 17 de janeiro de 2021

É possível mudar de imóvel durante a pandemia do coronavírus?

 


É preciso tomar precauções extras de segurança e minimizar o contato social caso precise se mudar com urgência.

Muitas pessoas estão se perguntando: é possível mudar de imóvel durante a pandemia do coronavírus? Em meio a proibições de viagens, pedidos generalizados de donos de casa e mandatos de distanciamento social, milhões de brasileiros estão aprendendo a se adaptar às mudanças provocadas pela pandemia da Covid-19. Praticamente todos os eventos foram remarcados ou cancelados, comércios estão com as portas fechadas, parques trancados, entre tantas outras restrições. Mas, para algumas pessoas, incluindo aquelas que já fizeram planos de mudança de imóvel, ficar parado simplesmente não é uma opção.

Então, posso mudar de apartamento ou casa durante o coronavírus?

Até o momento não existe nenhuma lei proibindo essa ação. Mas é preciso se planejar e caso esteja de mudança para um condomínio, é importante conhecer as normas adotadas pelo síndico do local para impedir o avanço da Covid-19. Também é necessário seguir todas as etapas de precaução.
Sendo assim, sugerimos que você converse com o síndico do seu novo condomínio, mantenha um bom relacionamento e faça a mudança seguindo todas as orientações. Agora, se a mudança é para uma casa residencial, vale aumentar o cuidados com a higiene e afins.

Dicas essenciais para mudar de imóvel durante a pandemia com segurança

Preparamos algumas dicas e informações importantes para tornar sua mudança mais segura, perfeita e sem estresse possível.

DIY se possível

Embora a maioria dos estados tenha designado serviços de mudança como “essenciais” e, portanto, ainda capazes de operar, muitas empresas de carretos e fretes reduziram o horário. 
Mas, caso precise de ajuda, entre em contato com as empresas de mudança que trabalham na sua região. Sugerimos que você ligue para perguntar sobre os procedimentos de limpeza, se os funcionários possuem equipamentos necessários (como máscaras, luvas e botas) e confirme se existe uma política de cancelamento razoável, caso você precise alterar seus planos.

Evite ao máximo o contato físico

Se você estiver trabalhando com uma empresa de mudanças, solicite uma cotação virtual e veja se a empresa oferece serviço totalmente sem contato.
Vale a pena reforçar: esqueça os apertos de mão, por razões óbvias. Um sorriso é uma dica generosa. Você pode começar esse relacionamento através de plataformas digitais e sem sair de casa.
Tome precauções sanitárias extras
Use máscaras, luvas e botas. Se você estiver contratando uma empresa de mudanças, ela provavelmente terá equipamentos semelhantes para seus funcionários, mas considere ter produtos de higiene extras disponíveis.
Desinfecte objetos e superfícies tocados com frequência, prestando atenção especial às maçanetas das portas, torneiras, janelas e interruptores de energia.
Coloque sabão e toalhas de papel ao lado de pias e desinfetante para as mãos nas portas.
Compre novas caixas de papelão para embalar suas coisas: como sabemos, o coronavírus vive em papelão por até 24 horas; portanto, talvez não seja o momento de aproveitar caixas usadas.
Seja transparente e flexível com o síndico e os vizinhos
Antes de sua mudança, entre em contato com seus vizinhos – especialmente se você está se mudando para um condomínio de apartamentos – e compartilhe a data e a hora em que planeja se mudar. Isso permite que todos se preparem, evitando, assim, contatos desnecessários.
Provavelmente, o síndico do condomínio também deve adotar uma postura de segurança e higiene redobrada após a mudança. É preciso higienizar os elevadores antes e após a mudança, se possível, evite tocar nas partes internas dos elevadores, use máscaras a todo momento e evite tossir.
Se você ou algum membro da família estiver com sintomas de coronavírus, até mesmo algo leve, evite realizar a mudança nesse momento, se for algum parente, peça para ele ficar em casa e arrume outra pessoa. Sabemos que, embora reagendar seja uma dor, a saúde e a segurança das pessoas ao seu redor vêm em primeiro lugar.

Bom momento para ajudar quem precisa e levar para a casa nova apenas o que é necessidade.

Sabemos da realidade que vivemos. Se já presenciávamos uma situação difícil antes da pandemia, imagina agora. Muitas famílias são incapazes de comprar mantimentos. Com o distanciamento social força o fechamento de escolas, o fechamento de cozinhas de sopas e o aumento de demissões, a necessidade de ajudar quem luta contra a fome é maior do que nunca.
Portanto, doe! Às vezes, no momento da mudança, você não quer levar os alimentos que estavam parados no armário, sendo assim, se eles estão dentro do prazo de validade, pode servir para muitas pessoas. Roupas, acessórios e produtos de higiene que, ao arrumar suas malas, você percebeu que possui em excesso, doe também! Procure a instituição mais próxima de você e ajude quem precisa.
Mudar de apartamento é um trabalho árduo, e é especialmente desafiador no momento. Mas tomando precauções extras, você pode – e vai – superar esse obstáculo.
Sugerimos o acompanhamento:
Ao planejar sua mudança, continue acompanhando as diretrizes de saúde e segurança estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde do Governo Federal Brasileiro. 
Para obter dicas sobre prevenção de infecções, visite a Página oficial do Coronavírus do Ministério da Saúde.

Conheça as diferenças entre: Fiador, seguro-fiança e caução



Na hora de alugar um imóvel, são solicitadas medidas que garantam ao proprietário que o pagamento será feito mensalmente, até o fim do contrato. A opção mais comum é a indicação de um fiador, por ser uma alternativa segura e não gerar custos adicionais às partes envolvidas.

Entretanto, nem sempre é possível utilizar essa opção como forma de garantia, já que algumas regras precisarão ser cumpridas. Como alternativas, existem ainda o seguro-fiança e a garantia de aluguel. Conheça a diferença entre as três possibilidades:

Seguro-fiança

Se o inquilino não tem a possibilidade de conseguir um fiador, uma outra opção é fazer o seguro-fiança, que é oferecido por seguradoras. O locatário precisará pagar um valor mensal para garantir que as despesas serão cobertas em caso de não pagamento do aluguel.
Para o proprietário do imóvel, essa é uma opção bastante vantajosa, tendo em vista que em caso de inadimplência o seguro assume o pagamento do aluguel imediatamente. Com o fiador, o pagamento é realizado somente após um processo judicial e, para receber, o proprietário precisa notificar a sobre a falta de pagamento.
Esse recurso, no entanto, não é tão utilizado, o que se explica pelo valor a ser embolsado pelo inquilino. O futuro morador do imóvel deve pagar uma taxa, que pode chegar ao valor de um aluguel inteiro ou até mesmo um aluguel e meio por ano, e esse valor não será devolvido no final do contrato, como acontece com a garantia de aluguel.
“Para o proprietário, esta opção é mais cômoda porque ele vai receber de todo jeito da seguradora. E se o inquilino não tem um meio de dar a garantia necessária para alugar o imóvel, vai ter que arcar com o ônus de pagar o seguro fiança“, ressalta Manoel da Silveira Maia, presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci-RJ).

Fiador

Se a opção for por um fiador, serão exigidos vários documentos que comprovem a possibilidade de a pessoa assumir o risco. Não é exigido ter grau de parentesco, mas algumas regras devem ser cumpridas.
Uma delas é que o fiador deve possuir um imóvel em seu nome e na mesma cidade onde o inquilino pretende alugar. Também é exigida uma comprovação da renda e normalmente esse processo é um pouco mais lento que os demais, já que exige uma análise da documentação apresentada.
Em caso de inadimplência, o proprietário pode demorar para conseguir acertar as contas, uma vez que para isso ele deve entrar com uma ação judicial para cobrar o valor.
Além disso, a possibilidade acaba se tornando inviável para quem está se mudando para uma cidade nova e não tem parentes e nem um círculo de amizade fortalecido onde possam encontrar quem possa assuma o risco.

Garantia de aluguel

Uma terceira possibilidade é o caução. Um processo simples, em que o inquilino precisa fazer um pagamento adiantado à locação do imóvel. O valor que será usado como garantia pode chegar ao equivalente a três meses de aluguel, valor que é estipulado dentro da lei e deve estar previsto no contrato.
Esta possibilidade é vantajosa para o inquilino porque, ao término do contrato, ele pode reaver o valor caso não existam danos no imóvel e não haja a necessidade de reparos.

O home office continua a agradar? Veja com Sandra Ramos:

   Passados vinte meses desde o início da pandemia, algumas pessoas nem mais se recordam de como eram suas rotinas com o trabalho presencial...