terça-feira, 30 de novembro de 2021

Vale a pena usar seu imóvel como garantia de empréstimo? Veja com a Sandra Ramos


Nem todo mundo sabe, mas imóveis podem ser usados como garantia de empréstimo. É o chamado home equity, também conhecido como crédito com garantia de imóvel (CGI).

O dinheiro recebido pode ser usado tanto para o pagamento de dívidas como para reformas, compra ou construção de um segundo imóvel. Mais: pode ser gasto até com viagens ou por quem quer investir em um negócio ou quitar dívidas.

Não à toa, a procura pelo home equity é cada vez maior no Brasil. Neste ano, de acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), foram firmados 15.331 contratos do tipo, que correspondem a 3,2 bilhões de reais. Em agosto, 95.620 empréstimos do gênero estavam ativos no país, totalizando uma carteira de 12,3 bilhões de reais.

“O crédito com garantia de imóvel tem potencial para atingir nos próximos dez anos cerca de 500 bilhões de reais no Brasil”, afirma Alan Gomes, gerente comercial do Banco Bari.

No vídeo acima, Gomes tira as principais dúvidas sobre vantagens e formas de contratar esse tipo de crédito.

Como contratar

Com mais de 25 anos de atividade, o Bari é o principal operador do produto no país e um dos responsáveis por difundi-lo. “Suas principais vantagens são as taxas de juro, entre as mais baixas do mercado, e os prazos mais longos, de até 20 anos”, explica Gomes. “É um produto muito competitivo que oferece parcelas que cabem no bolso dos clientes”.

Você só precisa ter uma casa, apartamento ou ponto comercial e oferecer o bem como garantia — os imóveis não precisam ter sido quitados. A propriedade serve como uma segurança para o banco de que a dívida será honrada. Só que ela continua sendo sua e você pode utilizá-la, seja para morar, seja para alugar. O imóvel apenas fica alienado ao Bari até o pagamento total do empréstimo.

“O imóvel é um acessório da contratação, mas o que mais importa é a capacidade dos clientes de arcar com as parcelas”, lembra o gerente comercial do Bari. “Recomendamos que a dívida contraída com o home equity seja sempre priorizada”.

Uso sob demanda

Chamado de Bariflex, o home equity do Bari não te obriga a retirar todo o dinheiro no momento da contratação. Em vez disso, você pode abrir uma linha de crédito para usar em até cinco anos e ir fazendo retiradas conforme suas necessidades.

De acordo com um levantamento de setembro deste ano, 31% das pessoas que recorreram ao CGI do Bari planejavam quitar dívidas.

Construções e reformas foram os motivos apresentados por 23%, enquanto 14% alegaram planos de adquirir algum bem.

“Muita gente que ficou trabalhando de casa durante a pandemia resolveu fazer melhorias em casa”, observa Alan Gomes. Também houve quem afirmou que vai começar a investir e até quem disse que vai se dar uma viagem de presente, entre outras justificativas.


Fonte: Exame


segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Veja com a Sandra Ramos: Caixa aumenta taxa de financiamento imobiliário

 

Caixa Econômica Federal elevou a taxa de juros de uma de suas principais linhas de financiamento imobiliário. De acordo com simulações feitas no site do banco, a taxa cobrada no financiamento para clientes com relacionamento com a Caixa e conta-salário subiu de 7,35% em outubro para 8% em novembro.

O aumento foi observado na modalidade de financiamento com Taxa Referencial. Nessa linha de crédito, o cliente paga uma taxa de juros pré-definida, mais a TR, que atualmente está zerada. Essa é a linha de crédito mais usada pelos clientes que buscam crédito imobiliário.

CNN entrou em contato com a Caixa para confirmar o reajuste e questionar se há aumentos previstos em outras linhas. O banco confirmou apenas que uma das linhas de financiamento de fato será reajustada, mas disse que em breve enviará uma nota oficial detalhando o aumento.

Com o aumento da taxa, de 7,35% para 8,00%, um comprador pagaria R$ 43 mil a mais para financiar um imóvel de R$ 700 mil, com entrada de R$ 270 mil. A simulação foi feita por Daniele Akamine, especialista em direito imobiliário, e o cálculo considerou um prazo de 360 meses.

A Caixa foi o último dos grandes bancos a realizar o reajuste dos juros do financiamento imobiliário após as recentes altas da taxa Selic. Até março deste ano, a taxa básica de juros estava em 2%, de lá para cá, teve seis reajustes seguidos e atualmente está em 7,75% ao ano.

A advogada também levantou as taxas praticadas em julho e em novembro nos cinco maiores bancos do país.

Qual linha escolher

Entre as opções de financiamento disponíveis — TR, poupança, IPCA e prefixada —, Daniele Akamine avalia que a mais vantajosa é a taxa com correção da TR.

“Mesmo com esse aumento na taxa de juros, o financiamento corrigido pela TR ainda é a melhor opção, pois se mantém a previsibilidade no valor das parcelas, bem como no saldo devedor.”

A especialista explica que, no atual cenário de aumento de juros, as opções corrigidas pela poupança e pelo IPCA podem ser mais arriscadas.

A poupança rende 70% da Selic, portanto a modalidade atrelada à caderneta deve ficar mais cara diante das previsões de aumento dos juros — economistas já falam em uma Selic de 11% no ano que vem. E a inflação vem superando as expectativas.

“Já a modalidade prefixada é até mais previsível do que o financiamento com TR, mas a taxa balcão [para clientes sem relacionamento] está em 9,75% na Caixa. Como a TR está zerada desde setembro de 2017, a linha corrigida pela TR vale mais a pena hoje”, explica Daniele.

A especialista observa ainda que a cada um ponto percentual de redução na taxa de juros do financiamento imobiliário, cerca de 1 milhão de famílias se tornam elegíveis ao financiamento. “Quando a taxa aumenta, por outro lado, menos pessoas têm acesso ao crédito para compra da casa própria”, finaliza.


Fonte: CNN Brasil


domingo, 28 de novembro de 2021

Projeto do governo prevê usar casa como garantia em mais de um empréstimo, veja com a Sandra Ramos

 


O governo lançou nesta quinta-feira um projeto de lei com um pacote de medidas para facilitar o uso de garantias e baratear o custo do crédito, abrindo caminho para que um mesmo bem imóvel seja usado como garantia em mais de uma operação. O projeto precisa ser aprovado pelo Congresso. O projeto de lei sobre o tema, assinado nesta quinta-feira pelo presidente Jair Bolsonaro, cria o chamado serviço de gestão especializada de garantias.

Em evento no Palácio do Planalto, o secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, defendeu que este mercado deverá, com a investida, valer dez vezes mais que o de alienação fiduciária. Em vídeo sobre o tema exibido durante a cerimônia, o Ministério da Economia estimou que apenas no segmento imobiliário urbano o potencial é de que chegue a 10 trilhões de reais. Atualmente, o mercado imobiliário residencial urbano tem cerca de 800 bilhões de reais em garantias em operações de crédito e financiamento.

Sachsida exemplificou que hoje, ao tomar um empréstimo de 100 mil reais tendo como garantia uma casa de 1 milhão de reais, o patrimônio fica todo bloqueado pela instituição financeira até a quitação integral do financiamento. Com o novo marco, somente parte do bem fica bloqueado, correspondente ao valor da dívida que ainda não foi paga. Com isso, o restante do patrimônio poderá ser usado em novas operações. Na prática, tomadores de empréstimos poderão fornecer suas garantias para Instituições Gestoras de Garantias (IGGs), empresas de direito privado cujo funcionamento será autorizado pelo Banco Central a partir de critérios definidos pelo Comitê Monetário Nacional (CMN).

Essas empresas farão avaliação e gestão das garantias, definindo o limite a que o mutuário poderá ter acesso em diversas instituições do sistema financeiro. A ideia é que, conforme os pagamentos dos financiamentos forem sendo honrados, espaço para novas operações seja aberto até o limite estabelecido pelas IGGs. "Com a IGG gerenciando a garantia, os bancos ficam liberados para se concentrar apenas em sua atividade bancária de empréstimo", afirmou o ministério. Presente no evento, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que o Brasil tem estoque "enorme" de imóveis, com grande percentual já pago, mas esses ativos não são usados pelas pessoas para contratação de crédito. "Este é um instrumento que pode ser usado e que gera crédito, gera dinheiro na economia sem ter contrapartida fiscal. Então é muito importante avançar nesse sentido", disse.

Outras medidas O pacote lançado nesta quinta-feira também traz aperfeiçoamentos para a alienação fiduciária e para o instituto da hipoteca, prevendo ainda a execução de garantias com concurso de credores e a instituição do agente de garantias. Em outra frente, o PL extingue permanentemente o monopólio da Caixa Econômica Federal sobre as operações de penhores civis. Outra inovação é referente à Letra Financeira (LF) que, de acordo com o Ministério da Economia, passa a poder ser utilizada como instrumento para sanear o mercado de operações ativas vinculadas (OAVs).

Segundo o BC, o novo marco também prevê medidas que darão mais agilidade e eficiência aos cartórios no registro de imóveis, o que implicará redução de prazos e custos para os tomadores de créditos garantidos por esses bens. Finalmente, o PL deixa claro que Estados e municípios podem usar qualquer instituição financeira para fazer o pagamento de professores e demais profissionais da área de educação, mesmo que os recursos sejam oriundos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

Segundo Sachsida, o governo propiciará que 4 bilhões de reais sejam direcionados para Estados e municípios nos próximos quatro anos ao devolver aos entes o direito de licitar sua folha. "Custo fiscal é zero", frisou ele.



quinta-feira, 25 de novembro de 2021

Saiba o que é amortização e como fazer, veja com a Sandra Ramos.



Segundo dados disponibilizados pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), no acumulado do ano foram 417,95 mil imóveis financiados, uma alta de 160% frente ao mesmo período de 2020. Já no acumulado em 12 meses, foram 684,02 mil imóveis – alta de 329,46%. Para o ano fechado de 2021, a expectativa é que o mercado cresça 57%, movimentando R$ 195 bilhões, um novo recorde histórico.

A opção do crédito imobiliário — que compromete o comprador por até 30 ou 35 anos — exige bom planejamento, já que a mensalidade somada aos juros podem pesar com o passar dos anos e as circunstâncias financeiras da família podem mudar. Então, o principal objetivo de qualquer financiamento acaba sendo o de quitação das parcelas. E existe um jeito do contratante do crédito acelerar o processo fazendo a amortização da dívida: realizar amortizações da dívida, usando recursos próprios ou o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).


O que significa a amortização da dívida?

Para explicar mais sobre o tema, conversamos com Eduardo Muszkat, sócio fundador da Kzas Krédito. “A amortização nada mais é que antecipar o pagamento do saldo devedor. O tipo mais usado para fazer financiamento imobiliário é a Tabela SAC (Sistema de Amortização Constante) – onde o cliente paga uma parcela constante de amortização todo o mês. Essa amortização pode ser mensal, fixa ou homogênea, com valor de amortização com juros referente ao mês incluso”, diz.

Segundo o especialista, se o cliente pegar um empréstimo de R$360 mil para financiar um imóvel em 360 meses (30 anos) com uma taxa de juros de 12% ao ano, (as taxas reais hoje não passam dos 10%) incluindo taxas administrativas + seguro por Morte ou Invalidez Permanente (MIP) + Danos Físico ao Imóvel (DFI), o cliente pagaria 1% de juro sobre 360 mil e R$1.000,00 de amortização – a parcela de amortização faz abatimento direto do valor total emprestado. Desta maneira, a cada mês o cliente reduz em mil reais o saldo devedor.

Para exemplo da tabela SAC:
Valor de financiamento: R$360.000,00
Parcelas: 360 meses
Juros: 8,5% ao ano
Primeira parcela: R$ 3.563,00 // Amortização: R$1.000,00 // Juros: R$2.457,00 + taxas administrativas + *DFI + *MIP.
Última parcela: R$ 1.031,00

O seguro DFI e MIP operam em seus respectivos casos previstos quitando o imóvel com o banco. “O valor pode ser fixo ou variável e leva em consideração a idade do comprador. Se for um cliente com mais idade, o seguro é mais caro e ele já é somado no valor total da parcela. Com a primeira parcela de R$1.000 paga, no final do primeiro mês o saldo devedor é de R$ 359 mil reais.

Lembrando que quanto maior o prazo, menor é a parcela de amortização que o cliente paga por mês. Caso o comprador queira quitar o saldo do financiamento, ele vai pagar os 359 mil reais, já que foram pagos os juros e o valor de amortização referente ao primeiro mês. Após 12 meses, o mutuário estará devendo R$ 348 mil. “A média de contratação é de 30 anos, mas a média de quitação é de 10 a 12 anos. Muitas pessoas fazem a quitação antes do previsto”, explica Muszkat.

“Esse tipo de tabela de pagamento acaba sendo vantajoso também para o banco, porque a cada ano que passa, o saldo devedor é menor e, a cada mês, o valor do pagamento é menor, então o risco de inadimplência cai ao longo do tempo.” Vale lembrar que ainda existe a Tabela Price – mais utilizada para financiamento de automóveis, onde o valor da parcela de um financiamento é igual do começo ao fim, diferente da Tabela SAC, na qual o valor das parcelas vai diminuindo mês a mês.

Para exemplo da tabela Price:
Valor de financiamento: R$360.000,00
Parcelas: 360 meses
Juros: 8,5% ao ano
Primeira parcela: R$2.795,00 // Amortização: R$232,00 // Juros: R$2.457,00 + taxas administrativas + *DFI + *MIP.
Última parcela: R$ 2.714,00

Os exemplos acima não se aplicam para imóveis na planta. Aquelas parcelas cobradas no início das obras, geralmente mais baixas, são pagas para a incorporadora a fim de financiar o início das obras. Neste caso, o comprador pode amortizar fazendo pagamentos sobre o valor do imóvel durante as obras. Porém, o valor não baixa como no financiamento do banco, já que o preço do imóvel ainda sofre o reajuste de valor pelo índice Nacional de Custo da Construção (INCC) até que saia a certidão Habite-se do empreendimento.

Não existem regras para a amortização. “Com recursos próprios o cliente pode amortizar a qualquer momento, desde que o valor seja no mínimo o de uma parcela. Tem a opção de diminuir o valor que paga mensalmente mantendo o mesmo fluxo de parcela ou reduzir a quantidade de parcelas”, explica.

Para fazer esse plano de amortização, é importante se planejar financeiramente para que a antecipação não se torne uma dívida no futuro. “O cliente só pode fazer esse tipo de antecipação com a certeza de que não precisará do dinheiro para outra coisa. Caso contrário, se precisar e buscar no mercado, ele vai custar muito mais caro. Não existe nada parecido com a taxa de juros do financiamento imobiliário, que pode chegar no máximo a 10% ao ano”, explica Eduardo. O ideal é fazer a antecipação para quitação do imóvel tendo um segundo fundo de emergência ou uma poupança que não comprometa a vida financeira da família.


Fonte: Estadão


terça-feira, 23 de novembro de 2021

Rendimento de até 1% ao mês: saiba se flats como renda extra mensal valem a pena, veja com a Sandra Ramos

 


Enquanto o IFIX, índice de referência de fundos imobiliários na Bolsa, acumula queda de cerca de 10% neste ano, agentes do mercado levantam o investimento em flats como uma possibilidade que alia a tradição brasileira em comprar imóveis, com uma renda de até 1% ao mês.

Apesar de semelhantes, os flats possuem características diferentes de um imóvel tradicional. O giro dos inquilinos é maior, já que eles podem ficar dias ou poucos meses no local, e o investimento inicial é relativamente menor, podendo sair a partir de R$ 150 mil.

Além disso, os proprietários dos flats, que normalmente são um pouco maiores que um quarto de hotel e dispõe de facilidades oferecidas nesse tipo de empreendimento, podem optar por colocá-los em um pool de locação — em que a administração é feita por uma gestora especializada ou rede de hotel — ou por locação direta.

Para citar alguns exemplos recentes, a Só Flats, empresa especializada nesse tipo de ativo, oferece um flat em um prédio com a bandeira de um hotel em Joinville (SC) pelo valor de R$ 220 mil com renda média mensal de R$ 1.500, ou seja, 0,68% de rendimento ao mês.

Outro flat em um imóvel localizado em São Paulo promete uma rentabilidade de 0,7% ao mês, com investimento inicial de R$ 410 mil.

Em alguns casos, contudo, como o aluguel é variável e depende da demanda nos locais, ele pode chegar a 1% ao mês. Por isso, a procura por flats como investimento neste ano subiu cerca de 40% em relação ao ano passado, auge da crise causada pela Covid-19, segundo fontes do mercado de flats.

Valorização (ou não) do imóvel nos anos seguintes

Para Johnny Mendes, professor de economia da Faap, o interessado em adquirir um imóvel desse tipo para obter uma renda extra mensal e contínua pode analisar outros ativos, como produtos de renda fixa, que voltaram a ser atrativos com a alta da taxa básica de juros (Selic) ou mesmo os FIIs.

“O investidor do flat deve levar em consideração a valorização do imóvel nos próximos anos. Há riscos de o valor do imóvel não subir o suficiente para garantir um ganho da opção de renda fixa que você tem hoje. Se você consegue o mesmo rendimento de 1% ao mês, é para pensar com carinho nas opções de renda fixa”, disse.

Para Caio Castro, sócio da gestora RBR, apesar de o IFIX acumular uma forte queda no ano, os fundos imobiliários ainda levam vantagem em relação à tributação e à diversificação dos imóveis.

“Se você investir R$ 500 mil em um flat, você está concentrando todo o seu risco em um imóvel, um ativo, e se precisar de R$ 50 mil, você precisa vender o imóvel inteiro. Agora, se são R$ 500 mil aplicados em FIIs, você vende R$ 50 mil em cotas, só aquilo que você precisa”, afirmou.

“Outra diferença é a gestão do ativo. Se o inquilino sair, você tem que colocar para alugar e fazer as reformas necessárias. Além disso, há o benefício fiscal dos FIIs, que são isentos de IR, coisa que o recebimento do flat não tem”, disse.


Fonte: CNN Brasil


segunda-feira, 22 de novembro de 2021

Falta de material e custos impactam a indústria da construção, veja com a Sandra Ramos


Pelo quinto trimestre consecutivo, a falta de material da construção e o aumento dos custos continuam sendo os principais problemas da indústria da construção, segundo a pesquisa Sondagem Indústria da Construção, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com o apoio da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), divulgada hoje (25). Os dois itens foram citados por 54,2% dos empresários entrevistados.

Apesar de continuar preocupando os empresários, a pesquisa mostra que houve uma pequena redução em relação ao trimestre anterior, quando 55,5% dos entrevistados manifestaram preocupação com a falta de materiais.

Os números também mostram que houve um aumento da preocupação do empresariado com a elevação da taxa de juros, ganhando força na passagem do segundo para o terceiro trimestre deste ano.

Enquanto no segundo trimestre menos de 10% dos empresários manifestaram preocupação com os juros, no terceiro trimestre esse número aumentou para 16%.

De acordo com a CBIC, a alta pode ser comprovada pelo Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) para materiais e equipamentos, que acumulou, nos últimos 12 meses encerrados em setembro, alta de 30,24%, um recorde para o período, na era pós-real.

“Os insumos que mais influenciaram esse aumento, segundo o INCC, foram os vergalhões e arames de aço ao carbono, os tubos e conexões de ferro e aço e os tubos e conexões de PVC. A alta de custos é o principal problema da indústria, na visão dos empresários”, informou a CBIC.

Os números mostram ainda que mesmo com a falta de materiais e o aumento dos juros, há uma expectativa do segmento de que o Produto Interno Bruto (PIB) do setor suba para 5% neste terceiro trimestre, o que seria o maior crescimento dos últimos 10 anos.

A alta é puxada pela melhora no nível de atividade da construção, que voltou a ficar positivo em setembro, com 50,5 pontos, após apresentar pequeno recuo em agosto.

A melhora das atividades da construção no terceiro trimestre, o incremento do financiamento imobiliário, a demanda consistente, o avanço do processo de vacinação, a desaceleração do aumento de preços dos materiais de construção, mesmo que modesta, e a continuidade de pequenas obras e reformas são algumas das razões que ajudam a justificar a projeção atual.

Outro indicador que favorece a expectativa é o do mercado de trabalho formal da construção, que registra resultados positivos nos oito primeiros meses do ano.

Nesse período, a construção civil gerou 237.985 novos postos de trabalho com carteira assinada.

Com o resultado, o setor fechou agosto com 2,512 milhões de trabalhadores com carteira assinada. Esse número não era atingido desde novembro de 2015.

Os dados também mostram que a Utilização da Capacidade Operacional (UCO) encerrou o mês de setembro em 65%, valor que é superior a sua média histórica, de 62%.

Contudo, o crescimento de 5%, aguardado pelo segmento este ano, não indica recuperação do seu pico de atividades. Mesmo crescendo cerca de 5% este ano, o seu patamar de atividades ainda está baixo, diz o CBIC.

Para que o setor da construção volte ao pico de atividades, registrado em 2014, ele precisa manter o crescimento de 5% ao ano até 2028. Se a expansão média ficar no patamar de 3% ao ano, a recuperação do nível máximo de atividades ficará para 2033.

Na avaliação do presidente da CBIC, José Carlos Martins, os números mostram que o setor poderia ter um crescimento maior, não fosse a falta de materiais e os aumentos das taxas de juros.

“Os números apresentados comprovam que a indústria da construção é realmente uma Ferrari com freio puxado. Estamos andando bem, mas poderíamos andar muito mais. Difícil achar outro setor que sofreu uma inflação como o nosso, e o tanto que esse fator inibiu nossa capacidade de contribuir com o crescimento do PIB”, disse.


Fonte: Infomoney

domingo, 21 de novembro de 2021

Morar em um cômodo: como decorar um espaço pequeno, veja com a Sandra Ramos

 


Vai morar em um imóvel pequeno? Saiba o que você deve ter como prioridade na decoração na hora de se mudar para morar em um cômodo

Morar em um imóvel pequeno não precisa, necessariamente, ser sinônimo de aperto. Beleza e conforto podem andar juntos quando a escolha é por uma decoração bonita e funcional. Caminho que leva ao respeito da identidade do proprietário e também de soluções práticas para o espaço disponível. Saiba como morar em um cômodo, seja sozinho ou com mais de uma pessoa, de forma confortável. 

Mesmo sendo um espaço pequeno, para ter um bom resultado na decoração, é indispensável levar em consideração a identidade do dono do imóvel. “Seja um projeto de concepção, reforma ou decoração, a pessoa tem que estar mais atenta às suas características do que nas tendências de mercado”, afirma o arquiteto Paulo Veloso. 

Integração da cozinha com a sala pode ser boa solução para ampliar convivência – Foto: Claudio Portela

Não se deve deixar de lado nada que seja essencial para as necessidades básicas dos moradores. “Se é um profissional liberal, solteiro, com a vida corrida, ele precisa de praticidade. Muitas vezes precisa da integração de ambientes. Se vai receber um amigo, tem a cozinha integrada com a sala, vai convivendo socialmente. Se é um casal novo com filho, precisa pensar em um espaço para brincar. A história e característica pessoal vão dando o norte do que é essencial”, diz o arquiteto, do escritório Paulo Veloso Arquitetura. 

Alguns móveis e eletrodomésticos não podem ser deixados de lado mesmo quando é para morar em um cômodo. “Um bom sofá para ler, descansar, ver filme, é um móvel multifuncional. Apoio para refeição, seja mesa ou bancada. Geladeira compacta com freezer integrado para não ter dois equipamentos. E forno e fogão. Isso é o básico para ter uma área social bem resolvida. Na área íntima, um bom colchão e cama, de acordo com características e altura do morador”, elenca Paulo.

Eletrodomésticos como geladeira com freezer e forno e fogão são importantes na área social – Foto: Claudio Portela

Móveis multifuncionais também são ferramentas estratégicas. “Pode ter bancada de cozinha que vira bancada de estudo, armário vazado de TV que dá privacidade e separa a área social da íntima. Acessórios como cama baú e armários aéreos precisam ser bem aplicados ou não funcionam. Para ter bom resultado, é importante ter assistência de um profissional”, alerta.

Para ambientes pequenos, a escolha dos móveis faz diferença. “Além do tamanho, o design deve ser observado. Às vezes, um sofá bonito fica grande ou incômodo porque a pessoa não tem noção de proporção, tem braços muitos largos ou espaldar muito alto. Privilegiar peças mais esguiar, com bordas mais finas, braços menores, encostos mais baixos merece atenção para além das medidas físicas”.


Fonte: Zap

quinta-feira, 18 de novembro de 2021

Caixa não espera que alta nos juros provoque desaceleração no crédito imobiliário, veja com a Sandra Ramos

 


O presidente da Caixa Econômica FederalPedro Guimarães, disse que o banco não espera que a alta dos juros desacelere as concessões do crédito imobiliário, o mais importante na carteira do banco.

Segundo ele, cerca de 40% das concessões são feitas através de recursos do FGTS, o que torna a carteira mais imune à alta dos juros.

“Não esperamos desaceleração. Estamos mês após mês com resultado recorde”, disse ele durante Live para comentar os resultados trimestrais da Caixa. “É importante separar o que é FGTS e o que é poupança (SBPE). Em torno de 40% das concessões não têm impacto da Selic, pois vêm do FGTS.”

Segundo ele, mesmo nas concessões que utilizam os recursos da poupança, não há uma desaceleração até o momento. “O que nós estamos vendo e uma manutenção da demanda, há algum ajuste, porque é TR mais uma taxa”, comentou.

Guimarães, no entanto, afirmou que a demanda por crédito segue forte não apenas no ramo imobiliário, mas também em outros segmentos, como o crédito direcionado a micro e pequenas empresas, e o crédito agrícola, uma das bandeiras de sua gestão à frente da Caixa.


Fonte: Money times


terça-feira, 16 de novembro de 2021

Lavanderia compartilhada: como usar da melhor forma, veja com a Sandra Ramos

 




A lavanderia compartilhada em condomínios virou tendência e garante praticidade para os moradores, mas também carrega outras vantagens que tornam o empreendimento mais atrativo para venda ou locação. Economia de tempo e dinheiro, otimização do espaço no imóvel, além da possibilidade de integração com os demais condôminos estão entre os pontos positivos. Saiba o que é lavanderia compartilhada, como é usada e cuidados para seu uso.


Entre os aspectos positivos, destaque para a economia. “Além de poupar tempo e economizar energia elétrica, os condôminos podem utilizar os recursos financeiros que seriam para compra da máquina de lavar e secadora para fazer melhorias no imóvel. O consumidor também não compra produtos isoladamente, gerando mais economia mensal e diminuindo o impacto ambiental, já que isso implica em menos descarte de embalagens e produtos químicos na natureza”, explica.

A lavanderia compartilhada também resulta na otimização do tempo. “O morador tem a possibilidade de praticar exercícios físicos na academia ou desfrutar de momento de lazer na piscina ou levando o filho(a) ao play enquanto lava roupa”, diz Laudimiro. 

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Mara Costa Garcia, supervisora de Incorporação da Moura Dubeux, explica que existem duas formas de lavanderia compartilhada para condomínios residenciais, uma com tecnologia e outra sem. “Ambas trazem espaço com máquinas de lavar e secar, tanques e áreas de passar roupas, contudo, na opção sem tecnologia, as máquinas são manipuladas pelo morador e a manutenção é feita pelo condomínio. Mas estamos trazendo opção com tecnologia, fazendo parceria com uma empresa que fornece as máquinas e dá manutenção. A lavagem e secagem são controladas por aplicativo e o morador cadastra seus dados e cartão de crédito para liberar as máquinas”, detalha.

Nesta segunda opção, ela afirma que os equipamentos têm como vantagem a eficiência, com ciclos rápidos, de cerca de 20 minutos, e materiais de qualidade dosados pela máquina, evitando o desperdício. Porém, nos dois casos, é preciso tomar cuidados para usar a lavanderia compartilhada. “São cuidados simples de bom uso, como respeitar os quilos por ciclo e outras recomendações simples”, pontua Mara.



segunda-feira, 15 de novembro de 2021

Abrainc revela que 6% das compras de imóveis já ocorrem 100% pela internet, veja com a Sandra Ramos

 


Um levantamento inédito da Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias) e da Brain Inteligência Estratégica revela que 6% das compras de imóveis já ocorrem totalmente pela internet sem a necessidade de que o comprador saia de casa. O dado faz parte do estudo Inovação na Jornada de Compra e foi apresentado na última quinta-feira, 11, no segundo Fórum de Inovação e Liderança da Incorporação (Fili 2021), realizado pela Abrainc na capital paulista. O levantamento ouviu 14 mil brasileiros, dentre eles 850 pessoas que compraram imóveis nos últimos 12 meses.

Os dados também mostram que o preço médio das propriedades compradas por brasileiros é de pouco mais de R$ 240 mil e que apenas 31% dos entrevistados conseguem adquirir sua moradia com preços superiores a R$ 250 mil, e, quando o fazem, são, na maioria, compradores com renda salarial acima de R$ 16,5 mil.

A pesquisa aponta, ainda, que 52% das pessoas compram imóveis diretamente por imobiliárias e apenas 14% adquirem com proprietários. E, nas capitais, 51% dos compradores optam por apartamentos, mas esse número cai para 34% quando quem efetua a compra está em cidades no interior.

Tempo, Tecnologia e financiamento

Segundo o levantamento, 71% dos compradores levam, em média, seis meses para finalizar o negócio com o vendedor. “O senso comum estima que se leva dois anos nesse processo. Esse período está diminuindo graças ao uso de tecnologias usadas por incorporadoras e imobiliárias”, diz Fábio Araújo, sócio-diretor da Brain.

Luiz França, presidente da Abrainc, falou que boa parte dos processos de compras ocorrem hoje pela internet e lembrou que 55% dos consumidores usam algum tipo de experiência digital na hora de adquirir uma casa ou apartamento, mas apenas 1% chegam a assinar a escritura pela internet, o que pode ser fruto da burocracia. 

“Apesar de o setor estar cada vez mais informatizado, processos burocráticos precisam ser enfrentados, pois dados apontam que 62% dos compradores tiveram algum tipo de obstáculo na hora de comprovar renda ou em outras etapas contratuais. Acho que já temos as plataformas que estão se desenvolvendo, mas a tecnologia precisa superar a burocracia se quisermos acompanhar a tendência de outros mercados”, declara o executivo.

Investimento versus Moradia

A pesquisa também mostrou que 71% dos brasileiros compram um imóvel para sua própria moradia e apenas 28% como investimentos, enquanto 1% adquirem para seus filhos ou parentes.


Fonte: Exame


domingo, 14 de novembro de 2021

Mercado imobiliário de alto padrão tem saldo positivo em 2021, veja com a Sandra Ramos



O setor imobiliário permaneceu resistente à pandemia e às incertezas geradas pela política econômica, com o segmento de alto padrão mostrando crescimento significativo e taxas de juros baixos somadas à demanda de compradores que estavam em busca de mais conforto e qualidade de vida durante o isolamento social.


A necessidade movimentou os dois principais eixos imobiliários de luxo do País: São Paulo e Rio de Janeiro. Em relação à demanda, pesquisa realizada pelo DataZap+ indicou que houve aumento na participação dos apartamentos de luxo em São Paulo de 3,21%, considerando o período de junho de 2020 a junho 2021. Já no Rio de Janeiro, os apartamentos de luxo, acima de 2 milhões, tiveram alta de 10% em 2021, o que representa 3% mais que o mesmo período de 2020.


Outro ponto que chama atenção é o acumulado de vendas de imóveis com valores acima de R$1,5 milhão, segundo dados da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc). Até o 3° trimestre (julho) de 2021, foi 23% maior que em 2020, com 13.906 unidades. Já na soma de lançamentos na cidade de São Paulo, o salto é 232% maior referente a 2020, com 23.989 lançamentos.

Dados do Secovi-SP mostram que a comercialização de residências com valor acima dos R$ 1.5 milhão cresceram em 2021. De janeiro a setembro, somam 1849 unidades vendidas em São Paulo, 43% a mais que em 2020. Os lançamentos foram de 29% mais em relação a 2019. 

Já no Rio de Janeiro houve crescimento no volume de lançamentos no segmento de empreendimentos mais sofisticados, na ordem de 34% a 35% referente ao mesmo período de 2020. No volume de vendas comparando com 2020, o aumento foi ainda maior, de 72%, segundo dados da Ademi e do Sinduscon no Rio.

Para Cláudio Hermolin, presidente das entidades, o segmento teve um comportamento mais “resiliente” durante a pandemia, já que muitas pessoas repensam o “seu valor de viver”. “Com a busca por mais qualidade de vida, o aumento foi proporcionalmente maior por coberturas, casas e garden, imóveis tradicionalmente mais caros”, diz. Segundo Hermolin, o primeiro trimestre de 2021 é o melhor dos últimos 6 anos, que mostra forte curva de recuperação, mas ainda não alcança patamares do melhor período de 2010 a 2013, onde o mercado teve seu melhor momento.

Para o presidente da Abrainc, Luiz França, os dados reforçam o bom desempenho do setor imobiliário carioca, que está em um processo de retomada e com boas perspectivas para o segundo semestre. “Os segmentos de Alto Padrão, Luxo e Super Luxo também chamam a atenção pelos resultados, já que demonstraram ser produtos atrativos, já que os interessados veem mais vantagens em relação às aplicações financeiras tradicionais”, destaca. Para ele, São Paulo e Rio de Janeiro estão entre os principais mercados, seguidos por Minas Gerais. “São Paulo tem um dos maiores segmentos de imóveis de médio e alto padrão do País, com diversas opções de produtos e comodidades disponíveis, sempre com características inovadoras e atraentes para investidores e moradores.”

Valorização do metro quadrado
Seguindo a tendência de aumento no período, o metro quadrado nos bairros mais valorizados das capitais apresenta alta, pela procura somada à demanda. Segundo o último levantamento do Índice FipeZap, em São Paulo e no Rio de Janeiro, altas acumuladas nos últimos 12 meses (até setembro) foram de 4% e 3%, respectivamente. Na análise geral, São Paulo apresenta o preço médio mais elevado no último mês (R$9.622/m²), seguido por Rio de Janeiro (R$ 9.604/m²), segundo último índice FipeZap. 

No Rio de Janeiro, o Leblon lidera o ranking dos bairros mais caros por metro quadrado, com R$21.686/m², seguido de Ipanema R$18.892/m², Lagoa R$16.4890/m² e Botafogo R$12.687/m². Os dados são da Secovi-RJ.

Segundo Alex Frachetta, CEO da startup Apto, os diferenciais mais buscados pelos cariocas refletem bem o perfil dos empreendimentos da Barra da Tijuca, colocando a região como a preferida da cidade. “Os clientes buscam em sua maioria: alto padrão de acabamento, ampla área de lazer, varanda gourmet com opção de churrasqueira, aquecimento de água por meio de placas solares e com fácil acesso ao trem ou metrô”, diz.

“Foi necessário recuar os lançamentos mais econômicos. Porém, o mercado imobiliário do Rio de Janeiro não parou, as incorporadoras se concentraram em empreendimentos de médio e alto padrão e alguns no centro da cidade, focados em investidores, e isso manteve o setor estável”, explica Fracheta.


Fonte: Estadão


quinta-feira, 11 de novembro de 2021

Risco climático acelera aposta de investidores em edifícios cada vez mais ‘verdes’ veja com a Sandra Ramos

 


Quando a incorporadora Lendlease inaugurar seu complexo residencial e de escritórios de US$ 600 milhões em Los Angeles, previsto para 2025, o local terá as características típicas do desenvolvimento sustentável: proximidade a uma parada de metrô, uma torre residencial totalmente elétrica, painéis solares e uma praça para pedestres.

Mas esses recursos são considerados comuns hoje em dia. O que torna este projeto mais impressionante é como a sustentabilidade não é simplesmente um item de bem-estar ou uma lembrança da responsabilidade corporativa, mas uma característica fundamental de seu plano de financiamento. 

“Já estávamos fazendo desenvolvimento sustentável antes que houvesse pressão dos investidores, mas agora essa pressão é real”, disse Sara Neff, chefe de sustentabilidade para a região das Américas na Lendlease.

O parceiro investidor da empresa para este projeto, a Aware Super, acompanhará o desempenho ambiental e as métricas, incluindo eliminação das emissões dos moradores através da aquisição de energia 100% renovável.

O projeto faz parte de um maior movimento de investidores direcionando dinheiro para imóveis sustentáveis, graças a novas tecnologias e padrões mais rígidos que permitem um melhor rastreamento da capacidade de um empreendimento de reduzir sua pegada de carbono.

Outros participantes do setor incluem Hudson Pacific Properties, dona da Epic, uma torre de escritórios com painéis solares em Hollywood, ocupada pela Netflix. E a Prologis, gigante industrial internacional, vende títulos verdes que financiam a construção de armazéns mais sustentáveis.

Mudanças climáticas

Imóveis sustentáveis não são uma ideia nova. O Green Building Council tem promovido um desenvolvimento mais eficiente por quase três décadas através da certificação LEED, seu padrão para a sustentabilidade da construção.

O que mudou nos últimos anos é a percepção do risco associado às mudanças climáticas, levando investidores a direcionar o dinheiro para ativos verdes mais seguros e de alto desempenho. Novas ferramentas e padrões de medição os capacitam a elevar o padrão de desempenho ambiental e econômico.

“A contagem de carbono e o foco no carbono definirão a próxima década, sem dúvida”, disse Dan Winters, chefe para a região das Américas da GRESB, uma referência de sustentabilidade imobiliária usada para analisar US$ 5.3 trilhões em ativos em nível global.

Relatórios cada vez mais terríveis sobre desastres naturais mais frequentes – como enchentes e ventos fortes do furacão Ida, que causou cerca de US$ 27 bilhões a US$ 40 bilhões em prejuízos materiais no final de agosto e início de setembro, de acordo com a empresa de dados CoreLogic – vem insistindo para o entendimento de que a mudança climática está afetando o setor imobiliário muito mais cedo do que o esperado. Oitenta e oito por cento das grandes empresas já tiveram um ativo material, como um escritório ou depósito, afetado por condições meteorológicas extremas, de acordo com a Cervest, uma plataforma de IA que monitora o risco climático corporativo.


Fonte: Estadão


terça-feira, 9 de novembro de 2021

O home office continua a agradar? Pesquisa retrata o quadro atual, veja com a Sandra Ramos

 

Passados vinte meses desde o início da pandemia, algumas pessoas nem mais se recordam de como eram suas rotinas com o trabalho presencial. Imersos no home office desde então, inúmeros profissionais não pensam em retornar à realidade de antes, embora muitas companhias já tenham decretado que chegou a hora de voltar — não são poucas as que resolveram aderir a um regime híbrido.

Quem não se adaptou até aqui ao dia a dia longe do escritório costuma alegar as mais diversas razões, da saudade do convívio com os colegas à falta de horário definido para começar e terminar o expediente e às incessantes demandas dos filhos pequenos. Mas, via de regra, o principal motivo é a própria casa, incompatível com um home office digno do nome.

É o que concluiu uma pesquisa conduzida pela proptech aMora. O levantamento constatou que 58% dos clientes da empresa continuam a trabalhar de casa mesmo com o arrefecimento da pandemia. E que 66% desse grupo reportam uma mudança na relação com o imóvel onde vivem. Mas até aí, nenhuma surpresa.

O que chama atenção na pesquisa é a descoberta de que 35% das pessoas estão insatisfeitas com o próprio endereço e por culpa do trabalho remoto. Por outro lado, 40% daqueles que já estão saindo de casa para ganhar a vida se dizem felizes com o próprio teto.

Não à toa, mais de 60% dos participantes do levantamento disseram ter planos de mudar de endereço nos próximos 12 meses — o destino é um imóvel próprio. Alegaram questões financeiras para não fazer isso em menos tempo 44% dos entrevistados. E 38% sequer iniciaram a procura por um novo teto ou estão determinados a aguardar o fim da pandemia para pensar sobre o assunto.

Fundada em 2020, a aMora tem a meta de facilitar a vida de quem planeja trocar o aluguel pela casa própria. Funciona da seguinte maneira: depois de você escolher seu novo endereço, basta fazer um depósito para a companhia de 5% do valor dele. E já dá para se instalar no local.

Quem adquire a propriedade, na verdade, é a aMORA, para a qual é preciso pagar uma mensalidade que faz as vezes de entrada. Se você gostar do imóvel, daí pode arrematá-lo da proptech por um preço pré-combinado ao longo de três anos, mas isso é opcional.

Na prática, o morador pode testar a casa ou apartamento antes de bater o martelo. Caso decida não ficar com o imóvel, a poupança acumulada no período em que o ocupou volta para ele — daí resta para a empresa vender a propriedade para outro comprador. A companhia também oferece uma alternativa prática para quem está trocando de imóvel, pois permite que o antigo seja anunciado (e vendido com calma), enquanto o novo é adquirido.

“É uma maneira de sobrar dinheiro para outros planos e até para uma eventual reforma”, explica Aram Apovian, CEO e um dos fundadores da empresa. “Você constrói a sua poupança enquanto mora no imóvel. E não precisa esperar entrega de obra, nem ficar na dependência de sorteio”.

Convém lembrar que o atual contexto não está muito favorável para quem mora de aluguel. Principal indicador de referência para reajuste de contratos do tipo, o IGP-M disparou nos últimos meses (culpa da escalada do dólar, da covid-19, de desajustes no setor industrial e até da crise hídrica). No ciclo de 12 meses encerrado em setembro, o índice acumula alta de 24,86%. Em setembro de 2020, o acumulado era de 17,94% nos 12 meses anteriores.

Por outro lado, está cada vez mais caro adquirir imóveis novos. “A escassez global de matéria prima, sobretudo de aço, está impulsionando os preços para cima”, observa Eduardo Zagonel Neves, COO do banco Bari, sediado em Curitiba, no Paraná.

Outra explicação é o apetite dos bancos em financiar a construção de cada vez mais novos empreendimentos”. Já os imóveis usados seguem com valores não muito diferentes de anos recentes. “A defasagem entre novos e usados tende a ser corrigida em breve”, acredita Zagonel.


Fonte: Exame

O home office continua a agradar? Veja com Sandra Ramos:

   Passados vinte meses desde o início da pandemia, algumas pessoas nem mais se recordam de como eram suas rotinas com o trabalho presencial...