Entenda um pouco mais sobre financiamento imobiliário e veja qual combina melhor com suas necessidades.
Nos últimos anos, com o aumento da renda média dos
brasileiros, é cada vez maior o número de pessoas que optam pelo financiamento imobiliário como forma de adquirir o tão almejado imóvel próprio. Os
empréstimos bancários concedidos com o propósito de aquisição e construção de
imóveis ultrapassam a casa dos bilhões de reais anualmente!
Entretanto, o financiamento de imóvel ainda é um
assunto bastante nebuloso para muitas pessoas que desejam comprar sua casa
própria. O que ele é, na verdade? Quais são os tipos existentes? Como é
possível utilizá-lo? Quais documentos são necessários para conseguir um
financiamento?
Se essas são algumas das dúvidas que rondam a sua
cabeça ultimamente, não deixe de continuar a leitura deste post! Aqui, reunimos
as principais informações sobre esse assunto em um guia básico sobre
financiamento de imóvel, para você ficar, de uma vez por todas, por dentro
desse assunto! Vamos lá?
O que é
financiamento de imóvel?
Financiamento de imóvel nada mais é do que um
empréstimo concedido, por um banco ou instituição financeira, às pessoas que
desejam adquirir um imóvel. Dessa maneira, com o dinheiro emprestado, é
possível quitar o imóvel à vista. O valor emprestado vai, então, sendo
devolvido ao banco pouco a pouco, mensalmente.
Obviamente, como acontece em qualquer empréstimo,
há juros embutidos no financiamento imobiliário. Esses juros são como um “aluguel”
cobrado pelo dinheiro emprestado, que vem junto às prestações do financiamento.
O valor das prestações varia conforme o tipo de
financiamento contratado, o valor do imóvel e as taxas de juros cobradas pelo
banco responsável pela transação. Assim, as prestações são a questão mais
importante do financiamento, e seus valores podem crescer ou decrescer ao longo
do tempo de quitação.
Em função de todas essas características, entender
a fundo como funciona a dinâmica desse tipo de empréstimo é fundamental na hora
de escolher o financiamento mais adequado para o seu caso. Atualmente, existem
3 tipos de financiamento imobiliário no país. A seguir vamos explicar melhor as
características, vantagens e desvantagens de cada um.
Quais são os tipos
de financiamento imobiliário?
Antes de escolher o tipo de financiamento
imobiliário mais adequado ao seu caso, é importante esclarecer que o valor das
prestações desse tipo de empréstimo é dividido em amortização e juros.
Amortização é o percentual da parcela que corresponde
à devolução do valor emprestado pelo banco. Já os juros, como explicamos,
referem-se ao “aluguel” cobrado pelo empréstimo do dinheiro. Os juros sempre
são cobrados em relação ao saldo devedor, ou seja, ao montante que ainda falta
devolver ao banco.
Levando em conta essas características, os tipos de
financiamento variam, principalmente, em relação a 2 fatores: qual é a
porcentagem da parcela referente à amortização e aos juros, e como essa
porcentagem varia ao longo do tempo. Confira abaixo os 3 tipos de financiamento
imobiliários praticados atualmente no Brasil:
Sistema Price
Bastante utilizado em muitos países mundo afora, o
Sistema Price teve que ser remodelado para se adaptar à realidade brasileira
(alta inflação e taxas de juros) e, por isso, não é muito praticado por aqui
atualmente. Em seu modelo original, a Tabela Price tem prestações fixas, juros
decrescentes e amortizações crescentes.
Assim, durante as primeiras prestações, a maior
parte da parcela refere-se ao pagamento dos juros. Conforme o tempo passa, os
juros diminuem, visto que sempre são cobrados sobre o valor que ainda se deve
ao banco.
Como o saldo devedor diminui a cada mês, os juros
cobrados também vão, assim, diminuindo. Porém, como no Sistema Price o valor
das parcelas é fixo, o que aumenta a cada mês é o valor da amortização.
Entretanto, no Brasil, a Tabela Price passou por
adaptações e as parcelas não são mais fixas, mas variam conforme a inflação. O
indexador pós-fixado TR (taxa referencial) é o mais utilizado para o reajuste
das prestações do Sistema Price.
Esse tipo de financiamento imobiliário é especialmente
desvantajoso em situações nas quais a renda do devedor não é reajustada na
mesma proporção de sua dívida com o banco. Nesses casos, com o passar do tempo,
o valor da parcela comprometerá uma porcentagem cada vez maior de sua renda, o
que pode dificultar e muito a quitação do empréstimo.
SAC
O Sistema de Amortizações Constantes, também
conhecido pela sigla SAC, já explica seu funcionamento no nome. Nesse tipo de
financiamento, o valor das amortizações é constante ao longo de todo o período
de quitação do empréstimo. O que varia, então, são os juros cobrados.
Naturalmente, como os juros sempre são cobrados em
relação ao saldo devedor, no SAC o valor das parcelas vai diminuindo
gradativamente ao longo do tempo. Ao pagar prestações maiores logo no início do
financiamento, a dívida é amortizada mais rapidamente e o juro total vai
diminuindo.
A grande vantagem de financiar o seu imóvel no
sistema SAC é a segurança que esse tipo de empréstimo proporciona ao longo do
tempo. Como as prestações mais altas são cobradas logo de início, se algum tipo
de imprevisto ocorrer no futuro, as parcelas do empréstimo já estarão menores e
serão mais fáceis de serem honradas.
Sacre
Por fim, o terceiro tipo de financiamento
imobiliário praticado no Brasil é o Sistema de Amortização Crescente (Sacre).
Esse sistema é uma mistura do Sistema Price e do SAC. As prestações desse tipo
de empréstimo são crescentes ao longo do tempo, mas somente até certo ponto, a
partir do qual começam a diminuir.
Assim como no Sistema Price, o reajuste das
prestações do Sacre é atrelado à TR, as amortizações são crescentes ao longo
dos anos e os juros, consequentemente, vão diminuindo. A vantagem quando se
compara o Sacre ao Sistema Price, porém, é que, como as prestações decrescem ao
longo do tempo, o risco de inadimplência diminui de maneira significativa.
Quando posso
amortizar as parcelas?
Como já esclarecemos em outros tópicos, ao
contratar um financiamento imobiliário, parte do valor das prestações refere-se
à amortização da dívida, ou seja, à devolução do valor que você tomou
emprestado do banco, e parte refere-se ao pagamento de juros do empréstimo.
Dependendo do sistema de financiamento que você
escolher no momento da contratação (Sistema Price, SAC ou Sacre), essas
porcentagens podem ou não variar ao longo do tempo.
Entretanto, o que acontece se você dispuser de
algum dinheiro extra e quiser adiantar a amortização da dívida? Isso é
possível?
A resposta é sim, você pode amortizar a dívida de
seu financiamento. Inclusive, esse é um direito seu, previsto por lei. Ao fazer
isso, você pode optar por diminuir o número de parcelas restantes (ou seja, o
tempo para quitação do empréstimo será menor do que o inicialmente contratado),
ou manter o tempo e diminuir o valor das parcelas.
Por exemplo, vamos supor que você contratou um
financiamento imobiliário de R$ 62 mil, com uma taxa de juros de 6,55% ao ano
pelo sistema SAC, prazo de 300 meses, 44 prestações já quitadas, saldo devedor
de R$ 55 mil e prestação atual no valor de R$ 505.
Dentro desse cenário, vamos imaginar que você
vendeu o seu carro e agora tem disponíveis R$ 20 mil e deseja utilizar essa
quantia para amortizar seu financiamento.
Nesse caso, ao amortizar em R$ 20 mil o saldo
devedor, você pode optar por manter o mesmo valor de prestação atual (R$ 505) e
diminuir o prazo de financiamento de 300 para 100 meses (dos quais 44 já estão
quitados). Por outro lado, caso você decida dar uma folguinha no orçamento
mensal, é possível manter o prazo de quitação em 300 meses e diminuir o valor
da prestação para cerca de R$ 310.
Fonte: VivaReal

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